Há tempos o homem conhece a importância do desenho para a evolução e estudo da espécie. Inclusive, foi através das pinturas realizadas nas cavernas que que os estudiosos puderam definir características da vida dos nossos antepassados. Essas pinturas são chamadas de “Graffiti ”, termo que tem origem do italiano “Graffitti”.
O Graffiti é um movimento organizado nas artes plásticas surgido nas ruas de Paris em 1968. Os artistas usam os espaços públicos para pinturas e ilustrações que retratam a cultura e o cotidiano dos seus protagonistas. É sem duvida, umas das maiores expressões incluídas no âmbito das artes visuais, mais especificamente na arte urbana ou “street art” e consegue mesclar a pintura com elementos atuais e de protestos socais.
O Graffiti é baseado em desenhos e todas as figuras são pensadas, elaboradas e coloridas cuidadosamente, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. A arte ganhou espaço no Brasil, mas enfrentou um longo e difícil caminho de reconhecimento, por ter sido durante muito tempo associada à prática criminosa das pichações. Hoje, a linguagem estética e engajada do grafite é cada vez mais compreendida pela sociedade e estimula projetos de inclusão e cidadania.
Thito Lama, artista baiano que tem a cultura negra como principal fonte de inspiração para o seu trabalho, viaja o Brasil para divulgar a sua arte. Desde pequeno, já desenhava nas capas de cadernos da escola. Aos 16 anos se identificou com a cultura hip hop e começou a produzir camisetas aerografadas.
Morou muitos anos na comunidade de Saramandaia, onde havia muitas enchentes e sempre que isso acontecia, seus desenhos molhavam e ficavam manchados de lama – Daí o apelido que mais tarde viraria nome artístico.
Thito prioriza o figuritismo realista e adora pintar grandes líderes como Dalai Lama e Nelson Mandela. Participou de vários eventos e projetos culturais, mas foi através da “ONG Arte Consciente” que seu trabalho de Graffiti se difundiu. Em 2008, fundou a “Crew Manos de Reponsa Social – ou MRS- e lá desenvolve várias ações educativas para a Comunidade.
“Acredito que o Graffiti por sí só já é forte, mas pode crescer muito mais com apoio da iniciativa privada e do poder público. Se tivermos esse apoio, ganharemos força e vamos ver o Graffiti baiano em arranha-céus” – Acredita Thito
Confira galeria com alguns trabalhos do artista e entenda um pouco sobre a arte que aproveita espaços públicos criando uma linguagem intencional para estimular a reflexão por parte da sociedade:
4 Comments
lucio Sacramento
11 de fevereiro de 2015 at 19:24Excelente texto. Bastante didático. Já vi alguns trabalhos de Thito e é notória sua competência e talento.
Anderson Dias
11 de fevereiro de 2015 at 20:09Pow men, parabéns!
Marcela Teles
11 de fevereiro de 2015 at 20:10Que trabalho maravilhoso! Encantada!
Mauricio Moraes
11 de fevereiro de 2015 at 20:12Excelente matéria! As pessoas precisam entender de uma vez a diferença entre arte e vandalismo. E graffiti é uma das mais belas formas de arte.