INSETOS”, espetáculo da Cia. dos Atores, em temporada na Lapa – de sexta a segunda na Sede da Cia. dos Atores de 30/11 a 10/12

INSETOS”, espetáculo da Cia. dos Atores, em temporada na Lapa – de sexta a segunda na Sede da Cia. dos Atores de 30/11 a 10/12

Foto: Elisa Mendes

Com texto inédito de Jô Bilac, adaptado pela companhia e pelo diretor Rodrigo Portella, peça marca os 30 anos de atividade do grupo carioca. Espetáculo estreia em 30 de novembro, data que marca a 130ª apresentação, para curta temporada de duas semanas

Comemorando 30 anos de trajetória, a Cia. dos Atores abre as portas de sua casa, a Sede da Cia. dos Atores, na Lapa, para apresentar seu mais novo espetáculo, “Insetos”, em curta temporada de duas semanas a partir de 30 de novembro, data que marca a 130ª apresentação da peça. Com texto original de Jô Bilac adaptado pela Cia. dos Atores e pelo diretor Rodrigo Portella, a montagem traz quatro fundadores da companhia no elenco: Cesar AugustoGustavo GasparaniMarcelo Olinto e Susana Ribeiro. As apresentações acontecem de sexta a segunda, às 20h, até 10 de dezembro.

Concorrendo a 12 categorias dos principais prêmios de teatro, “Insetos” fez sua estreia nacional em março deste ano, no CCBB Rio, e seguiu em temporada pelas unidades de Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, tendo ainda passado pelos festivais de Curitiba, de São José dos Campos e do Palco Giratório de Porto alegre, do SESC.

Repetindo aqui a parceria com a Cia. dos Atores após o sucesso de “Conselho de Classe” (2014), Jô Bilac propôs dar voz aos insetos para este novo espetáculo do grupo.São doze quadros que se entrelaçam formando a narrativa, na qual o autor fala sobre medo e manipulação. Como uma fábula, o texto traça paralelos entre a natureza e questões políticas e sociais da atualidade – evocando comportamentos coletivos e individuais que vão sendo revelados na voz de diferentes insetos: cigarra, gafanhoto, barata, louva-a-deus, besouro, mariposa, borboleta, mosquito, cupim e formiga, entre outros.

Em cena, uma situação de êxodo gera um desequilíbrio imenso na natureza. Há escassez, tirania e guerra. O colapso está instaurado. Os gafanhotos tentam destruir tudo, mas se veem diante de uma nova ordem imposta pelo louva-a-deus. Nesse universo, o olhar sobre o humano ganha uma nova perspectiva, atravessada pela realidade dos insetos. “O Jô usa os insetos na dramaturgia em analogia com personagens da nossa história, situações que estamos vivendo atualmente. Temos figuras do poder, estratos sociais, mas sem uma nomeação direta”, explica Susana Ribeiro. “Queremos usar desequilíbrios da natureza como espelho da sociedade”, comenta Cesar Augusto.

O cenário do espetáculo, assinado por Beli Araújo e Cesar Augusto, é repleto de pneus, que criam diferentes quadros para as cenas. Os figurinos de Marcelo Olinto trazem referências ao universo dos insetos – como asas e antenas – mas não são a representação fiel desses bichos. “Essa peça me permite trabalhar o lugar do atrito entre o cômico e o trágico, refletido no estado de guerra proposto pelo texto. Trabalhamos entre o universo microscópico e invisível dos insetos e o nosso universo”, diz Rodrigo Portella.

Para a companhia, o espetáculo é também uma celebração. “Em cena, temos 30 anos de convívio. Nos conhecemos bastante e já sabemos o que esperar do outro. Temos muito menos atrito. Olhamos um para o outro em cena e nos reconhecemos”, diz Gustavo Gasparani. “Acho que uma palavra que nos definiria seria inquietação. E uma das coisas boas é que nos colocamos o desafio de trabalhar com pessoas novas, como o Rodrigo (Portella), que é de outra geração. Essa inquietação e essa disponibilidade para o novo nos acompanha desde 1988”, completa Marcelo Olinto.

SOBRE A CIA. DOS ATORES

Formada pelos atores Bel Garcia (in memorian), Cesar Augusto, Gustavo Gasparani, Marcelo Olinto, Marcelo Valle e Susana Ribeiro, a Cia. dos Atores comemora 30 anos de atividade ininterrupta em 2018, se tornando um dos grupos de maior tempo de trabalho no Rio de Janeiro. Já recebeu os principais prêmios do teatro brasileiro. Seu repertório inclui mais de uma dezena de espetáculos, entre eles, “Melodrama”, “A Morta”, “O Rei da Vela”, “A Bao A Qu (Um Lance de Dados)” e “Conselho de Classe”, primeira parceria com Jô Bilac.

Mantendo sempre o mesmo núcleo de atores, esse grupo carioca, além de ter representado em festivais nacionais e internacionais, foi responsável pela direção artística de dois teatros da rede municipal da prefeitura do Rio de Janeiro: Teatro Ziembinski e Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. A sede da Cia. dos Atores, localizada na escadaria do Selarón, na Lapa, foi inaugurada em 2006. De lá para cá, a companhia já promoveu ali uma série de atividades: ensaios, treinamentos, mostras de dramaturgia contemporânea, apresentações, oficinas gratuitas e parcerias institucionais.

SOBRE RODRIGO PORTELLA (diretor)

Natural de Três Rios, interior do Estado do Rio, o autor e diretor Rodrigo Portella dirigiu 19 peças. No Rio, cursou direção teatral na UNIRIO e publicou “Trilogia do Cárcere”. Em sua cidade natal, fundou a Cia Cortejo. Realizou cerca de 200 apresentações de “Antes da Chuva” por todo o país com o projeto Palco Giratório. Atualmente, se dedica a pesquisar as experiências de Charles Deemer e o Hiperdrama no Teatro, por meio de uma bolsa da FAPERJ, sob orientação de Moacyr Chaves. É diretor geral do “Off Rio – Multifestival de Teatro de Três Rios”, que em 2018 chega à sua sexta edição.

Foi indicado ao Prêmio Shell 2013 (Melhor Direção por “Uma História Oficial” e Melhor Texto por “Antes da Chuva”), Prêmio APTR 2010 (Melhor Iluminação por “Na Solidão dos Campos de Algodão”) e Prêmio Cesgranrio 2016 (Melhor Texto por “Alice Mandou um Beijo”). Em 2017, dirigiu “Tom na Fazenda” – peça vencedora dos prêmios Cesgranrio (vencedor de três categorias, incluindo Melhor Direção), Shell (vencedor de duas categorias: Direção e Ator para Gustavo Vaz), Botequim Cultural (vencedor de sete categorias, incluindo Melhor Direção), APTR (vencedor na categoria Melhor Espetáculo), Cenym (vencedor de oito categorias, incluindo Direção) e Questão de Crítica.

Atualmente, Rodrigo está em cartaz com “Nerium Park”, no dramaturgo Catalão Josep Maria Miró. Portella concorre ao Prêmio Shell 2018 de Melhor Direção por “Insetos”.

SERVIÇO

Espetáculo: “Insetos”

Temporada: de 30 de novembro a 10 de dezembro – de sexta a segunda, às 20h

Local: Sede da Cia. dos Atores – Sala Bel Garcia

Endereço: Rua Manoel Carneiro, 12 – Escadaria Selarón, Lapa. Tel.: 2137-1271
Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia) e R$ 20 (lista amiga).
Capacidade: 60 lugares. Recomendação: 14 anos. Duração: 80 minutos.

Facebook e Instagram: @insetosciadosatores

FICHA TÉCNICA

Texto original – Jô Bilac

Adaptação – Cia. dos Atores e Rodrigo Portella

Direção – Rodrigo Portella

Elenco

Cesar Augusto

Gustavo Gasparani

Marcelo Olinto

Susana Ribeiro

Cenário – Beli Araújo e Cesar Augusto

Figurino – Marcelo Olinto

Iluminação – Maneco Quinderé

Preparação Corporal – Andrea Jabor

Direção Musical – Marcello H.

Visagismo – Marcio Mello

Cenógrafa Assistente – Marieta Spada

Arranjo (Money Money) – Marcelo Alonso Neves

Programação Visual – Radiográfico

Assessoria de Imprensa – Catharina Rocha

Fotógrafa – Elisa Mendes, Guga Melgar e Maíra Ribeiro

Assistente de Direção – João Gofman

Assistente de Figurino – Rodrigo Reinoso

Assistente Preparação Corporal – Rodrigo Maia

Tingimentos – Almir França

Grafismo Textil – Sandro Vieira

Desenho de Som – Diogo Perdigão

Operador de Som – Paulo Mendes

Operador de Luz – Genilson Barbosa

Diretor de Cena – Wallace Lima

Montagem de Luz– Russinho e Genilson Barbosa

Coordenação Financeira– Amanda Cezarina

Produção Executiva– Bárbara Montes Claros

Direção de Produção e administração– Celso Lemos

Realização – Cia. do Atores

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

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