Estreia CAPITÃES DA AREIA Digital com Cia Baiana de Patifaria

Estreia CAPITÃES DA AREIA Digital com Cia Baiana de Patifaria

CAPITÃES DA AREIA, tem direção de Fernanda Paquelet e Lelo Filho para a adaptação teatral de Roberto Bomtempo a partir de um livro clássico de Jorge Amado.

Chegou a vez do formato digital de CAPITÃES DA AREIA, um clássico da literatura de Jorge Amado, adaptado para o teatro por Roberto Bomtempo, dirigido por Fernanda Paquelet e Lelo Filho. O espetáculo, montado entre 2002/2003, foi visto por mais de 30.000 espectadores e conta com o maior elenco já formado pela Cia Baiana de Patifaria, reunindo 10 atores e 3 atrizes.O trapiche descrito por Jorge Amado e  narrado pela cantora Maria Bethânia, tendo trilha sonora original composta pelo músico Bira Reis, é habitado por Pedro Bala (Igor Epifânio), Sem Pernas (Ricardo Fagundes), João Grande (Fabrício Boliveira), Pirulito (Nilson Rocha), Professor (Jarbas Oliver), Boa Vida (Francisco Pithon), Gato (Alan Miranda), Volta Seca (Pisit Mota) e Almiro (originalmente interpretado por Manhã Ortiz e substituída pela atriz Kalassa Lemos, que também vive Dora, o grande amor de Pedro Bala).

O desdobramento do elenco para interpretar todos os personagens que constam na adaptação de Roberto Bomtempo para o livro foi inevitável: coube à atriz Mariana Freire a tarefa de viver 7 deles (Dalva, Dona Aninha, a empregada, a negrinha do areal, uma freira, um garoto da turma do Ezequiel e a comadre Luiza), ao ator Luiz Pepeu 5 diferentes homens (o Cônego, um bedel, um Comissário, o Chefe de Polícia e João de Adão), para o ator Agê Habib (Gastão, um bedel, Padre José Pedro e o Marchand), a atriz Christiane Veigga vive (D. Margarida, D. Laura, D. Éster, uma freira, a filha de santo e Neide).

O livro, escrito no final da década de 30, é um retrato poético da vida de menores abandonados, mas que tem a liberdade como palavra-chave para guiar suas vidas e a solidariedade como um meio de superar a difícil condição social em que vivem. A amizade entre esses garotos e a obstinação por sobreviverem apoiando-se uns nos outros é o que melhor o livro nos apresenta. Com boa dose de poesia e o humor de alguns personagens, Jorge Amado nos conta a estória de Pedro Bala que viveu a juntamente com seu bando nas ruas e no cais de Salvador. Capitães da Areia é também uma reflexão sobre como, decorridos mais de 80 anos desde que o livro foi incinerado em praça pública por ter sido considerado subversivo, Continuamos assistindo a um total desrespeito a todos os estatutos e leis vigentes que asseguram a defesa dos direitos humanos.

Para a narração em off do espetáculo, a Cia convidou uma divina voz da música brasileira e divina intérprete de textos: a cantora Maria Bethânia. A gravação aconteceu no estúdio da gravadora Biscoito Fino, no Rio de Janeiro. E como base para a voz de Bethânia e para as coreografias criadas pelo coreógrafo Zebrinha, um bela trilha sonora original foi criada pelo músico baiano Bira Reis.

O cenário criado por Maurício Pedrosa e o figurino assinado por Miguel Carvalho tiveram como fonte de inspiração as imagens da Bahia feitas pelos dois “estrangeiros” mais baianos que viveram nas vielas e ladeiras de Salvador: a fotografia de Pierre Verger e as telas e esculturas de Carybé.

A dupla de diretores do espetáculo, Fernanda Paquelet e Lelo Filho, reuniu um elenco com experiências diversificadas e selecionado durante ciclos de leitura e um cronograma de ensaios, oficinas de percussão e dança afro. Junto com o elenco, Fernanda e Lelo fizeram uma intensa pesquisa sobre o período do livro, incluindo visita à Zélia Gattai e os filhos Paloma Amado e João Jorge numa das varandas da famosa Casa do Rio Vermelho, em Salvador, para conhecer mais curiosidades sobre a escrita de nosso amado Jorge.

CAPITÃES DA AREIA

Da obra de Jorge Amado
Adaptação: Roberto Bomtempo
Narração: Maria Bethânia
Direção: Fernanda Paquelet e Lelo Filho

Elenco: Agê Habib, Alan Miranda, Christiane Veigga, Fabrício Boliveira, Francisco Pithon, Igor Epifânio, Jarbas Oliver, Kalassa Lemos, Luiz Pepeu, Mariana Freire, Nilson Rocha, Pisit Mota e Ricardo Fagundes.

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

Leave a Reply