RITA ASSEMANY CIRCULA POR SALVADOR COM O RECITAL CHIQUITA COM DENDÊ

RITA ASSEMANY CIRCULA POR SALVADOR COM O RECITAL CHIQUITA COM DENDÊ

– No streaming, atriz pode ser vista na Globoplay na série em “Justiça 2”.

Chiquita com Dendê é um recital satírico – com poesia e humor -; quase um teatro musical de bolso. É um pequeno tratado íntimo sobre a Bahia para contar e cantar esta terra tão doce e tão árida, que apesar de todas as mazelas que sofre – século após século – não consegue nos fazer desencantar. Sim… apesar dos desencantos que o texto satiriza, “Chiquita com Dendê” faz a gente se apaixonar outra vez… afinal, a Bahia tá viva ainda CÁ!”
É assim que a atriz Rita Assemany nos conta o que é “Chiquita com Dendê”, espetáculo que após duas recentes temporadas de sucesso no Teatro Molière, faz agora circulação pela cidade e será recebido pelo Jubiabar (Rio Vermelho) no dia 22 de agosto às 19 horas, integrando a programação das Quintas Culturais – projeto idealizado por Deo Carvalho para o espaço.
Em cena, Rita e o músico Rudnei Monteiro costuram histórias sobre a Bahia com letra e música, alinhavando um repertório genuinamente baiano que atravessa gerações: “de Massemba a Macetando!”, brinca Assemany, que revela, ainda, outros nomes que farão parte do roteiro desta temporada. Dos clássicos e geniais Assis Valente, Caymmi e Gordurinha, ao que existe de mais contemporâneo na Axé Music; passando pelo tropicalismo irreverente de Tom Zé e pelo samba-chula recôncavo de Roberto Mendes.
Mesmo com novidades, “Chiquita continua Chiquita. Há coisas que não se pode mexer” – garante Rita – que, mesmo em um local alternativo, faz questão de manter o fado Perseguição, uma canção da Amália Rodrigues, com sua cômica paródia, feita pela também fadista portuguesa Eugênia Melo e Castro. “Esta é uma das cenas mais aguardadas, que apresenta o enredo ao público: são o mote dessa ventura pela alma baiana, meio lusitana, meio angolana e meio tupinambá” – continua a atriz.
Sobre nossas identidades: muitas e tão única: com nossas comidas, nossas sonoridades, nossa fé e nossas infinitas possibilidades de acreditar… Sobre nosso vestir e nosso andar; nosso movimento pelas nossas ruas e pelo mundo! Esta nossa urbanidade… sobre como a cidade de São Salvador foi construída e está se espalhando por aí! Sobre o jeito de ser e de se fazer baiano, é sobre isso Chiquita com Dendê.
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Rita Assemany – Atriz e diretora baiana, nascida em Salvador, premiada por interpretações no teatro e no cinema. Rita Assemany já se apresentou, com “Dendê e Dengo”, nos Festivais Internacionais de Teatro de Casablanca, no Marrocos; e em Zurique, na Suíça. Com uma carreira consagrada em cima dos palcos, ficou em cartaz com o espetáculo “Oficina Condensada” por mais de uma década, lotando casas em várias capitais do Brasil. Com “Medeia”, outro grande sucesso da sua carreira, fez também turnê nacional, com apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília; além de Salvador, onde permaneceu em cartaz por um ano. A convite do Instituto Goethe e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, fez temporadas internacionais, com apresentações em Stuttgart e Munique.
Ainda no teatro, recebeu quatro prêmios de melhor atriz com as interpretações de “Toda Nudez será Castigada”, “Oficina Condensada”, “Medeia” e “A Casa da Minha Alma”. Seu último espetáculos, o monólogo “Surf no Caos” conquistou críticas valiosas da respeitada jornalista e também atriz Marília Gabriela e do renomado ator e diretor teatral Elias Andreato.
E como diretora, coordenou a Cia. Axé do XVIII durante seis anos. A Companhia apoiava adolescentes egressos do projeto Axé, capacitando-os em diversas áreas das Artes Cênicas. Com eles, encenou três espetáculos: “Irôco”, “A Comida de Nzinga” e “Milagre na Baía”.
No cinema, integrou o elenco de importantes e premiados filmes da cinebiografia brasileira, a exemplo de “Abril Despedaçado” e “Central do Brasil”, do diretor Walter Sales; “Pixaim”, de Fernando Belens – que lhe rendeu 4 prêmios de Melhor Atriz, dentre os quais os dos Festivais de Curitiba e de Brasília; “O último cine drive-in”, dirigido por Iberê Carvalho; e “Entre Irmãs”, de Breno Silveira. Em 2023, com o curta-metragem “ODE”, de Diego Lisboa, conquistou mais uma premiação de Melhor Interpretação, no Festival Santa Maria Video e Cinema (Rio Grande do Sul).
Para o streaming, algo recente na carreira da atriz, Rita atuou em “Depois do Universo” (Beyond the Universe) – produção da Netflix que se manteve por sucessivas semanas entre os três filmes mais vistos no mundo. Filmou “Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente”, série com previsão de lançamento no segundo semestre de 2024, pela HBO MAX. E, está no ar, neste exato momento, em “Justiça 2”, de Manuela Dias, pela Globoplay.
Rudnei Monteiro – Guitarrista e violonista. Começou a estudar violão erudito no Conservatório Amapaense de Música, dando continuidade aos estudos na Universidade Católica de Salvador e na Universidade Federal da Bahia, onde concluiu o Curso Superior de Instrumento. Foi diretor musical de Ivete Sangalo, com quem trabalhou de 1995 a 2004. Tocou nas bandas de Gerônimo; Carlos Pitta; e Daniela Mercury, com quem gravou o álbum “Balé Mulato”, ganhador do Grammy Latino em 2008. Em 2010, lançou seu primeiro CD autoral, “Abrigo de Canções”, com o apoio do “Conexão Vivo”. E participou do Brazilian Day em 2018, acompanhando a cantora Carla Visi, com quem desenvolve projetos musicais atualmente.

“CHIQUITA COM DENDÊ”
Textos de Aninha Franco e Marcos Dias
Interpretação e Encenação: Rita Assemany
Violão: Rudnei Monteiro
Figurino: Ana Bittencourt
Direção de Produção: Levina Ferraz
SERVIÇO:
CHIQUITA COM DENDÊ – Um musical de bolso sobre a Bahia
Com Rita Assemany e Rudnei Monteiro.
Dia 22 de agosto, às 19 horas.
No JUBIABAR, à rua Conselheiro Pedro Luiz, nº79, Rio Vermelho.
Ingressos pela Sympla e no local (sujeito à lotação).

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

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