Ela está arrasando como a divertida Januza da novela “O Tempo Não Para”, da Rede Globo e ainda hoje é reconhecida como a inesquecível Dona Vilma, de Malhação. Confira nosso bate-papo com a atriz, roteirista e dramaturga Bia Montez no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
SNJ: Bia, você sempre quis ser atriz ou cogitou a possibilidade de seguir outra carreira?
Bia: Quando adolescente queria ser cenógrafa. De fato, trabalhei como assistente de cenografia na Globo, foi meu primeiro emprego. Depois fui ser fotógrafa e mais tarde, aos 20 anos, fiz um curso de teatro. Iniciei a carreira de atriz no teatro, fonte de aprendizado e transformação.
Trabalhar em O Tempo Não Para é divertido e prazeroso. A equipe é muito especial, bem humorada e esse trabalho foi um presente. É maravilhoso rever amigos, como o Kiko Mascarenhas e a Solange Couto, assim como o diretor Leonardo Nogueira, a Rosi Campos e a Alexandra Richter.
SNJ: Como surgiu a oportunidade de trabalhar na TV e qual foi a sua primeira novela?
Bia: A publicidade me levou à TV pois fazia muitos comerciais e os produtores de elenco acabaram me chamando para pequenas participações na televisão. A primeira novela foi Cambalacho em 1986, na Rede Globo. Foi escrita pelo Silvio de Abreu.
SNJ: Como está sendo viver a Januza de “O Tempo Não Pára”?
Bia: Trabalhar em O Tempo Não Para é divertido e prazeroso. A equipe é muito especial, bem humorada e esse trabalho foi um presente. É maravilhoso rever amigos, como o Kiko Mascarenhas e a Solange Couto, assim como o diretor Leonardo Nogueira, a Rosi Campos e a Alexandra Richter.
SNJ: Qual personagem mais lhe deixou saudade?
Bia: Minha personagem mais marcante foi sem dúvidas a D. Vilma, de Malhação. Guardo muito carinho de todos e de tudo, foram seis anos de um trabalho intenso e encantador. Essa personagem foi um marco na minha carreira, me deu mais visibilidade. Foi maravilhoso em todos os sentidos, principalmente pelas amizades conquistadas.
SNJ: Ainda hoje é lembrada por essa personagem? Isso incomoda?
Bia: Todos lembram da Dona Vilma, mesmo quem não assistiu assiduamente. Foi um fenômeno! Mas isso não incomoda, de jeito nenhum! Eu adorava fazer! E quem não quer ter uma personagem inesquecível no currículo? (risos).
SNJ: Qual foi o seu maior desafio como atriz até aqui?
Bia: Todo trabalho é um desafio porque envolve a compreensão do ator, envolve empatia com os colegas de trabalho e atenção aos comandos da direção. Nesses anos todos de trabalho acho que o mais difícil é ser simples porque para isso é necessário muito conhecimento e observação, assim como na vida.
O governo deveria incentivar a cultura e a educação para o pleno desenvolvimento do povo. Sem cultura e sem arte a vida fica muito triste e sem sentido. A gente emburrece.
SNJ: Você prefere atuar fazendo rir ou chorar?
Bia: Gosto da comédia porque através dela levo alegria aos outros e isso me dá prazer. Escrevo comédias de situação, personagens comuns em situações inesperadas.
SNJ: Além de atriz, você também é autora teatral e roteirista. Inclusive foi redatora do Zorra Total…
Bia: Fui redatora do Zorra escrevendo com a Fátima Valença o quadro “Greice Queli e Olavinho”com a Claudia Gimenez e o Victor Fasano. Como amo a arte em todas as suas expressões, volta e meia faço trabalhos ou me dedico a outras funções dentro da arte, fora a função de atriz. Isso é muito natural para mim.
SNJ: Como você enxerga hoje a política cultural brasileira?
Bia: O governo deveria incentivar a cultura e a educação para o pleno desenvolvimento do povo. Sem cultura e sem arte a vida fica muito triste e sem sentido. A gente emburrece.
Para mim o teatro é o termômetro da profissão. Se você se apaixona pelo teatro, você está se apaixonando pela arte.
SNJ: Você considera o teatro uma escola fundamental para quem quer seguir a carreira de atriz?
Bia: Para mim o teatro é o termômetro da profissão. Se você se apaixona pelo teatro, você está se apaixonando pela arte. Quem estiver querendo seguir essa carreira precisa ter certeza que ama o teatro, porque não é uma carreira de glórias, para virar a celebridade e viver o glamour. É uma carreira instável a vida toda. Então a pessoa precisa saber exatamente o que quer. Se ela se dedica ao teatro com amor, é bem provável que tenha sucesso.
SNJ: Um sonho
Bia: Que todos tenham acesso a cultura e a valorização dos artistas brasileiros.
SNJ: Tem alguma meta especial na sua vida?
Bia: Continuar trabalhando e divertindo as pessoas.
SNJ: Um verso
Bia: “Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa.. “ (Cecilia Meirelles)
SNJ: Uma novela
Bia: Vale Tudo
SNJ: Uma música:
Bia: I’ll survive
SNJ: Uma frase para encerrar
Bia: Só o humor constrói.
Galeria:
5 Comments
Pedro Aguiar
17 de janeiro de 2019 at 17:02Lembro com saudade da Dona Vilma!
Maria Cristina
17 de janeiro de 2019 at 17:03Só a Januza para aguentar aquela Coronela…😊 Parabéns pela entrevista, a Bia é uma atriz incrível! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Jenner Pessoa
17 de janeiro de 2019 at 17:04Excelente atriz! Parabéns!
Marcela Teles
19 de fevereiro de 2019 at 10:12Amei a entrevista com Dona Vilma! heheh
Bia Montez
19 de fevereiro de 2019 at 10:13Amei a matéria!