Um belo e divertido espetáculo baseado na obra da escritora Martha Medeiros e adaptado pela dramaturga Regiana Antonini. A protaganista, interpetrada pela Cissa Guimarães, a Beatriz, é uma psicoterapeuta cinquentona que está em crise com o seu casamento de 20 anos com o Orlando, interpretado pelo Giuseppe Oristanio. São pais de Marina, uma adolescente de 13 anos. A comédia segue a linha da liberdade, novos eventos sexuais, pressões familiares e reencontros.
Beatriz é uma mulher moderna, com um pouco de cada uma de nós: Ela trabalha (é psicoterapeuta), mãe, esposa. Cuida do trabalho, da filha, da casa e da família. É romântica, guerreira, doida e santa.
“Quando foi a última vez que você gargalhou pra valer?”
A peça revela relações entre marido e esposa, mãe e filha e duas irmãs. Mostra que apesar da estrutura de vida da Beatriz: Emprego, filha, marido e situação econômica estável, protogonista começa a se questionar se está realmente feliz ou se é vítima da própria acomodação.
“ É normal estar casada com alguém e se sentir a pessoa mais sozinha do mundo?”
É após uma conversa com a irmã, apesar do medo, que Bia resolve se separar e buscar sua essência. Durante o tempo sozinha, passa a se conhecer melhor para descobrir o que realmente quer da vida.
“Sem se comprometer com a eternidade, pois o que importa é daqui a dez minutos”
O Giuseppe, interpreta o marido tradicional, machista e truculento, que se sente confortável com a vida que leva. E não olha para a esposa a ponto de perceber o que vai no seu coração. É pego de surpresa com o pedido de separação.
“Você queria o que? Arroubos de paixão aos cinquenta anos?”
“Todos os meus amigos traem suas esposas com as amantes. Menos eu!”
Cissa Guimarães encarna a Beatriz com muita verdade. Acredito que ela emprestou um pouco da sua coragem para a personagem. Consegue expressar simplicidade, complexidade, tristeza e euforia. Nos faz rir e chorar. Confesso que apesar das gargalhadas, me emocionei em vários momentos. Sobretudo, no final.
Outro fato que chama bastante atenção na peça é a atuação da Tatá Lopes (Stand-in Josie Antello). Ela faz três personagens: A mãe, a irmã e a filha da Beatriz. E com impostação de voz e movimentos corporais na medida certa, muita gente sequer percebe que se trata da mesma atriz.
Gostaria de parabenizar a Cissa, a Tatá, o Giuseppe e toda a equipe. E quem ainda não viu, fique atento quando o espetáculo estiver na sua cidade, em 2014 eles voltam com a turnê nacional. Os meus aplausos para todos vocês!
Aqui fica também o meu sincero agradecimento a Marlucia Sie Produções, sempre trazendo para Salvador as melhores opções de cultura. Obrigada, por nos presentear com mais teatro e arte a cada projeto.
Doidas e Santas foi indicado pelo Jornal O Globo e pela Revista Veja Rio como um dos melhores espetáculos da temporada carioca de 2011 e 2012.
O espetáculo mostra que todas temos um pouco da Beatriz. Umas um pouco mais doida. Outras um pouco mais santa. Mas todas, Doidas e santas.
Que saibamos todos dosar este dois lados, de acordo com a necessidade de cada momento.
Vem pro Teatro!!!!
Luz!
Lu
Serviço:
Look :
T-shirt da La’cllava Caxias
Saia de Couro Wear Ever
Pulseirismo: Mimos de Madame
2 Comments
Dalia Leal
27 de novembro de 2013 at 22:39Gostei da sua colocação: q saibamos dosar esses dois lados: doidas e santas. Sim p q todas temos um pouco dos dois lados. Amei o texto!
Mari
29 de novembro de 2013 at 23:25Lu, Parabéns pelo imenso sucesso! vc merece! Que Deus abençoe sua jornada sempre! bjs