Bate-papo com a atriz Flávia Monteiro

Bate-papo com a atriz Flávia Monteiro

Ela decidiu que queria ser atriz ainda muito novinha e coleciona personagens marcantes ao longo da carreira, como a “Tia Carolina” de Chiquititas. Prestes  a realizar o sonho de ser mãe, Flavia Monteiro nos recebeu no Marques, na Gávea, para um bate-papo super descontraído. Confira na íntegra:

DMJ: Quando você decidiu que queria ser atriz?

Flávia: Desde que me conheço como gente. Não me via e não me vejo fazendo outra coisa. Brincar de ser  outras pessoas com personalidades diferentes, e fazer imitações, sempre que possível com plateia, é um marco da minha infância.

DMJ: Você começou muito novinha. Como aprendeu a lidar tão cedo com a fama?

Flávia: A base familiar é o que te faz ser o que é. Aprendi que a vida é impermanente. A fama é volúvel e inconstante, portanto você não pode ser ludibriada por ela. Ela é apenas um espelho e uma consequência do seu trabalho, dedicação, esforço e disciplina.

DMJ: Como foi vivenciar tanta polêmica já no seu primeiro trabalho como atriz em “A Menina do Lado”?

Flávia: O filme me fez amadurecer muito não só como pessoa mas como atriz também. Tive sorte porque foi um trabalho que deu certo em todos os sentidos. E a polêmica ajudou também no sucesso do filme, porque alertou a sociedade de que o amor não tem idade em uma época em que isso era um grande tabu.

DMJ: Como você avalia a sua trajetória?

Flávia: Minha trajetória foi atípica. Comecei no cinema, depois fui para a tv e depois para o teatro. Comecei ao inverso da maioria. Mas dei muita sorte porque fiz trabalhos fortes e marcantes que ficaram para sempre na memória do público.

DMJ: Qual foi a situação mais engraçada que já viveu atuando?

Flávia: No filme A Menina do lado eu com 14 anos. O meu personagem fumava e eu nunca tinha posto um cigarro na boca. Me ensinaram como era a tal tragada, mas sem engolir a fumaça. Bom, no gravando fui fazer a cena, e, intensa que sou, traguei com tanta foça que acabei engolindo tanta fumaça que me engasguei de uma forma que saiu fumaça até pelo meu nariz. Todos tiveram um ataque de riso que tivemos que dar uma parada para todos se recompor.

DMJ: Como foi a experiência de fazer um trabalho de tanto sucesso voltado para o público infantil como em Chiquititas?

Flávia: Trabalhar com criança é uma delícia, porque é um público sincero e fiel. E poder marcar a infância de uma geração com um trabalho que só trouxe alegria, boas mensagens de vida, onde foi resgatado um mundo lúdico de sonhos e esperança para esse público que na época era tão carente, não tem preço.

DMJ: Ainda hoje você é reconhecida e lembrada como a “Tia Carolina”. Isso te incomoda?

Flávia: Não incomoda ser lembrada pelo público, afinal marcamos uma geração, mas incomoda quando ficamos rotulados profissionalmente por algum personagem marcante que fizemos dificultando os convites para fazermos outros trabalhos e/ou personagens totalmente diferentes do que foi feito.

DMJ: Como é a sua relação hoje com o público de Chiquititas?

Flávia: O público de Chiquititas cresceu e é muito gostoso receber ainda tantas mensagens e tanto carinho por mim e pelo meu personagem. O Amor é eterno de ambas as partes.

DMJ: Como você lida com as críticas?

Flávia: As criticas fazem parte e temos que estar preparadas para elas. Nunca conseguiremos agradar a gregos e troianos, portanto temos que respeitar a opinião e o gosto dos outros. As críticas quando são construtivas são muito importantes para o nosso crescimento pessoal e profissional.

DMJ: Você tem algum arrependimento?

Flávia: Não. Me trabalho para não me arrepender das coisas que faço ou escolho.

DMJ: O que você acha do vale cultura?

Flávia: Eu acho um incentivo maravilhoso. Tudo que puder ser feito para viabilizar e ajudar ao povo a ter acesso a um pouco mais de cultura é mais que bem vindo. E fora que as empresas também acabam se beneficiando com o abatimento nos seus impostos.

DMJ: Como surgiu a ideia de virar empresária e abrir um bar?

Flávia: Sempre tive vontade de ter algo fora da minha profissão, até porque ela é inconstante. O difícil não é se tornar atriz e sim é envelhecer atuando na profissão. E o Marques surgiu de uma ideia entre amigos. Somos 4 sócios, onde cada um cuida de uma parte. E ter um Bar é uma delícia, porque temos uma lugar para diversão, encontros e o mais legal é conhecer gente e fazer amigos.

DMJ: Como você se sente tão perto de realizar o seu maior sonho e ser mãe?

Flávia: Apreensiva. Está sendo uma gravidez deliciosa. Não vejo a hora de ver a carinha da Sophia.

DMJ: Quais são os seus planos após o nascimento do bebê?

Flávia: Não tenho planos. Eu vou vivendo o dia a dia. Quero aproveitar cada momento com ela e, é claro, poder voltar a trabalhar o mais rápido possível. Afinal, uma vez workaholic, sempre workaholic.

DMJ: Uma frase

Flávia: “Viva o hoje como senão houvesse o amanhã.”

DMJ: Flávia Monteiro por Flávia Monteiro

Flávia: Parceira. Sou da família dos Golfinhos.

Confira galeria de fotos:

DMJ: Flávia, muito obrigada! Muitas coisas lindas sempre na sua vida!

 

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

2 Comments

  1. Avatar
    Mariana
    9 de abril de 2015 at 05:49 Reply

    Que legal ver Flavia Monteiro! Ela marcou como Tia Carolina e que bom que ela vai ser mãe! Muito legal, foi um viagem a minha infância.

  2. Avatar
    Ricardo Valladares
    15 de junho de 2015 at 12:41 Reply

    Muito legal a matéria. Bacana ter notícias da Flávia.

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