Espetáculo “Depois da terceira onda”, de Jarbas Albuquerque, estreia dia 19 de outubro no CCJF

Espetáculo “Depois da terceira onda”, de Jarbas Albuquerque, estreia dia 19 de outubro no CCJF

Foto: Paulo Kossatz

Inspirado no documentário Lesson Plan – A História da Terceira Onda – texto discute de maneira poética as possíveis “microditaduras sociais”.

A Abrupta Cia. de Teatro estreia dia 19 de outubro o espetáculo “Depois da Terceira Onda”, de Jarbas Albuquerque, no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), Centro do Rio.

Com sessões as quartas e quintas-feiras, 19h, a peça buscou inspirações no documentário Lesson Plan – A História da Terceira Onda -, no filme alemão  – A Onda -, de Dennis Gansel, e, sobretudo na história do professor norte-americano Ron Jones, e surge da vontade dos artistas envolvidos em discutir os formatos de sistemas sociais e políticos vigentes.

Na primavera de 1967, em Palo Alto, Califórnia (EUA), o professor Ron Jones recriou em uma sala de aula do ensino médio o ambiente nazi-fascista da Alemanha pouco antes da II Guerra Mundial. O que era para ser apenas uma aula de história sobre o totalitarismo, acabou se tornando um experimento que deixou lições inesquecíveis para todos, até os dias de hoje.

Durante uma semana de aula, o professor Ron Jones propõe um experimento a sua turma: Como parte de um estudo sobre Autocracia, transformar sua classe de 30 alunos em um verdadeiro movimento fascista. O objetivo desse experimento social  era demonstrar que mesmo sociedades democráticas não estão imunes à atração pelo fascismo.

Começando com simples exercícios de como sentar-se apropriadamente nas carteiras, Jones passou a impor-se como uma figura autoritária em sala de aula. Os mais altos valores por ele defendidos passaram a ser comunidade, força e, sobretudo, disciplina. Por meio do desenvolvimento dessa experiência pedagógica, o professor conduziu questionamentos e posicionamentos acerca das condições do mundo da época e trouxe a tona fragilidade das relações humanas a respeito do poder e do pertecimento a algum tipo de grupalidade.

“Considerando o cenário político brasileiro, a montagem propõe a discussão sobre a possibilidade de um regime totalitário na atualidade e conecta-se a um momento de extrema importância para a reestruturação sociopolítica do país. Dessa maneira, como a expressão artística está potencialmente ligada à situação de cada sociedade, esse projeto surge como uma necessidade de levantar algumas reflexões sobre temas extremamente atuais do Brasil, buscando em seu “produto” não trazer respostas ou posicionamentos diretos. Mais do que isso, parece importante especular de maneira poética as possíveis “microditaduras sociais” existentes, bem como aguçar o olhar para a sombra de um regime tão assustador e inquietante”, Afirma Jarbas Albuquerque

Sobre o autor Jarbas Albuquerque

Há quatro anos Jarbas Albuquerque coordena o núcleo de pesquisa LPC (Laboratório de Pesquisa Continuada) em que através de encontros semanais regulares desenvolve treinamento continuado da técnica de viewpoints junto a trabalhos corporais através da Yoga, Bioenergética, Suzuki, Sistema Laban, entre outros.

Tem como principais trabalhos:

“O que você gostaria que ficasse” com texto e direção de Miguel Thiré, participou do Ano Brasil Portugal com apresentações na cidade do Porto em maio 2013.

“Alguém me viu por aí?” em que assina texto, atuação e concepção que tem como diretores-colaboradores: Renato Livera, Tania Alice e Vinicius Arneiro, “Primeira Noite, não se apaixone por mim” do escritor Russo Fiódor Dostoiévski com direção de Thierry Tremouroux, “A ver Estrelas” de João Falcão e direção de Magdale Alves, “Minha Vida de Solteiro”, de Neil Simon e direção de Ricardo Trindade, “Marcelo e Clara- Juridicamente Imperfeitos”, de Deco Mansilha e direção de Luisa Pesce Thire, “Gran Circo Del Diablo” Criação Colaborativa com da Anti Cia. De Teatro e Direção de Fernando Maatz, “O Mágico de Oz – The Dark Side” – Adaptação e direção de Cadu Fávero no Teatro Livre – Fundição Progresso e ainda diretor assistente do espetáculo “Karma”, de Bethito Tavares e direção de Caio Blat. Como diretor assina o espetáculo “Duas Mulheres e um Cadáver” de Patrícia Melo, seu último trabalho como ator foi o espetáculo Consertam-se Imóveis, com texto de Keli Freitas e direção de Cynthia Reis.

SINOPSE :

O espetáculo conecta-se com um momento histórico brasileiro de extrema importância para a reestruturação sociopolítica do país. Mais do que isso, parece importante especular de maneira poética as possíveis “microditaduras sociais” existentes, bem como aguçar o olhar para a sombra de um regime tão assustador e inquietante.

 

FICHA TÉCNICA

Depois da Terceira Onda – Inspirado no documentário Lesson Plan – A História da Terceira Onda,  de Dennis Gansel

Dramaturgia e direção: Jarbas Albuquerque

Elenco: Adriana Perin, Daniel Bouzas, Henrique Guimarães, Ignácio Aldunate, Lu Lopes, Maíra Kestenberg, Samuel Vieira.

Assistente de direção, criação e direção de movimento: Paula Barbosa

Cenário: Gregório Rosenbusch e Mariana Meneguetti

Figurinos: Henrique Guimarães

Iluminação: Elisa Tandeta

Trilha sonora original: Federico Puppi

Fotografia: Paula Kossatz

Direção de produção: Luana Lessa

Realização: Abrupta Cia. de Teatro

Produção: Fluxus Produções Artísticas

Assessoria de Imprensa: Minas de Ideias

 

SERVIÇO

Estreia: 19 de outubro

Temporada: De 20 de Outubro a 22 de Dezembro.

Horários: Quartas e quintas – 19h

Local: Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF)

Endereço: Av. Rio Branco, 241- centro

Funcionamento da bilheteria: Terça a domingo, das 12h às 19h

Duração: 75min.

Classificação: Não Recomendado para menores de 14 anos

Preço: R$30,00 (inteira)/ R$15,00 (meia)

Gênero: Drama

Capacidade: 141 lugares

 

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

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