Renata Celidonio canta “FOSSA NOVA” DIA 10 de fevereiro, no Solar de Botafogo

Renata Celidonio canta “FOSSA NOVA”  DIA 10 de fevereiro, no Solar de Botafogo

Foto: Patrícia Prado

Renata Celidonio, atriz já conhecida por sua trajetória no teatro musical brasileiro, faz sua estreia como cantora em show solo nos palcos cariocas. Com cerca de 16 canções no repertório, show tem direção de Cris Fraga e direção musical de Priscilla Azevedo.

Quem nunca sofreu por amor? Apesar da fragilidade que atualmente os laços humanos pareçam ter, com o advento da vida virtual, por mais que a velocidade das relações seja determinante para que elas aparentem ser cada vez mais rasas, sofrer por amor (ou pela falta dele) não saiu de moda. E como todo sentimento merece ter uma trilha sonora que o acompanhe, com cada dor surge também uma música que a representa.

Ainda na infância, embalada pelos discos de vinil do quarto de som dos seus pais, Renata se descobriu apaixonada pelo universo das músicas tristes. Como ela mesma diz, “gostava de ficar entregue aos sentimentos que elas proporcionavam”. Cresceu sentindo um imenso prazer em cantar as dores de Maysa, Dolores, Vinicius, Chico, Elis e Tom…

“Me trancava no quarto, ligava o som e ficava por horas e horas ouvindo e chorando. Ali talvez tenha sido minha primeira sala de aula. Com eles aprendi a sentir, interpretar cada sentimento alheio como se fosse meu, ainda que não tivesse vivido pra sentir tudo aquilo por minha própria conta. E quando minhas próprias dores começaram a aparecer, eu soube imediatamente a quem precisaria recorrer… ”, diz a cantriz. E continua: “Maysa disse uma vez que ‘ser cantora foi um acidente na vida de uma mulher que sempre quis ser atriz’. Comigo foi o contrário. Ser atriz foi um belo acidente. Cantora é o que sempre fui”.

E é assim que Renata Celidonio chega em seu show de estreia no Rio de Janeiro: plena, trazendo consigo a força que sempre levou para as personagens que interpretou. Com direção artística de Cris Fraga e direção musical de Priscilla Azevedo, o show traz alguns dos maiores clássicos da “dor-de-cotovelo” com arranjos inusitados, além de cinco músicas inéditas do compositor/autor/diretor baiano Gil Vicente Tavares (entre elas, dois poemas – Castro Alves e Florbela Espanca – musicados por ele).

 A HISTÓRIA DA FOSSA

Depois de um período de grande sucesso nas emissoras de rádio da década de 1930, as marchinhas e os sambas carnavalescos começaram a perder espaço para temas de conteúdo passional em ritmos estrangeiros como a balada, o bolero e o tango. A indústria fonográfica brasileira estimulou uma nova roupagem comercial do samba-
canção, adaptado às influências musicais vindas de fora e bastante tocadas nas rádios brasileiras no período.

O samba-canção passou a ser vinculado a excessos sentimentais e à “dor-de-cotovelo”. As melodias expandiam-se “em contornos mirabolantes, enquanto o acompanhamento exibia soluções orquestrais dramáticas”.Nesta fase, despontaram grandes mestres do estilo como Lupicínio Rodrigues e Dolores Duran, por exemplo. Além destes compositores, outros começaram a produzir sambas à base de “orquestrações americanizadas”, em que Dick Farney “entrava com seu sussurro sobre os acordes jazzísticos do piano”.

Entre os grandes intérpretes desta fase, temos Elizeth Cardoso e Maysa, entre outros. Também surgiu uma nova geração de orquestradores, que criavam arranjos bastante diferentes daqueles que haviam criado o samba-canção de 20 anos antes.

No entanto, o samba-canção foi perdendo terreno no final da década de 1950 com a redefinição estética dentro do samba trazida pelo surgimento da Bossa Nova. Embora não desaparecesse, seu declínio era evidente a partir década de 1960, com a diminuição da importância do rádio como veículo de massas, que era o grande divulgador do samba-canção.

 SOBRE RENATA CELIDONIO

Iniciando sua carreira ao ingressar no curso de Interpretação Teatral (Bach.) da Universidade Federal da Bahia, em 1995, Renata Celidonio tem atuado em diversas vertentes de projetos artísticos – sobretudo nas áreas teatral e de música popular brasileira – como atriz e cantora desde então. Ainda em Salvador, começou a cantar na noite, testando um repertório bastante variado pelos bares da cidade. Paralelamente, foi dirigida por nomes consagrados do teatro brasileiro – entre eles José Possi Neto (“A CASA DE EROS” e “LÁBARO ESTRELADO”) e João Falcão (“A VER ESTRELAS”) – e indicada ao Prêmio Copene de Teatro (2001 /categoria: “MELHOR ATRIZ”) pela sua participação no espetáculo “PLAYBACK”, com o qual viajou para o Rio de Janeiro no ano seguinte.

Assim que chegou ao Rio, Renata foi convidada por João Falcão a atuar na comédia “MAMÃE NÃO PODE SABER”, ao lado de Drica Moraes e de seus conterrâneos Lázaro Ramos, Edimilson Barros e Vladimir Brichta. A partir daí, fixou sua residência em solo carioca, onde mora desde então.

Em 2003, dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho, integrou o elenco do musical “ÓPERA DO MALANDRO”, estando presente por três anos em todas as suas temporadas e turnês. Também fez parte da versão reduzida (“ÓPERA DO MALANDRO EM CONCERTO”), que teve seu início nos Açores (PT), seguindo temporada no Teatro Leblon (RJ) até meados de 2006.

Convidada pela Embaixada Brasileira (Itamaraty), em 2007 realizou um show solo no BACI (Brazilian-American Cultural Institute) em Washington D.C. (USA), só com músicas do compositor Chico Buarque. No ano seguinte, convidada pela Georgetown University (Washington D.C.), participou da “Brazilian Music Week”, realizando um show com composições de Tom Jobim, acompanhada pelo violonista Richard Miller.

Em seguida, apresentou-se em diversos bares da capital americana e de seus arredores, experimentando um repertório que alternava clássicos da música brasileira com standards de jazz.

Em 2009, de volta ao Brasil, estreou em Salvador um show só com músicas inéditas, intitulado “DO DRAMA AO JAZZ”. Em seguida, convidada novamente pelos diretores Charles Möeller e Cláudio Botelho, integrou o elenco da turnê paulista do espetáculo “7 – O MUSICAL”, ao lado de Alessandra Maestrini, Zezé Motta, Rogéria, entre outros.

Integra o grupo vocal “4 Cantus” desde 2011 e, com o show “4 CANTUS CANTA DOCES BÁRBAROS”, esteve em turnê pelo Norte do país no projeto “SESC Amazônia das Artes”, entre outras apresentações na capital carioca.

Na televisão, obteve grande reconhecimento público ao interpretar a personagem “Marieta”, a modelo plus size da novela “AQUELE BEIJO” (TV GLOBO), em 2011/2012.

Em 2013, ao lado de Luis Salem e sob a direção de Stella Miranda, integrou o elenco da comédia musical “GOZADOS”, em turnê por diversas cidades do Brasil.

No ano seguinte, estreou o espetáculo “TODOS OS MUSICAIS DE CHICO BUARQUE EM 90 MINUTOS” (Moeller&Botelho). Em 2015, recebeu o Prêmio Botequim Cultural (MELHOR ATRIZ) pelo musical infantil “TODO VAGABUNDO TEM SEU DIA DE GLÓRIA”.

Seu trabalho mais recente nos palcos foi em 2016, na turnê carioca do musical “A CUÍCA DO LAURINDO”.

FICHA TÉCNICA:

Idealização e roteiro: Renata Celidonio

Direção: Cris Fraga

Figurinos: Renata Celidonio (supervisão: Marcelo Marques)

Iluminação: Aurélio de Simoni

Direção musical: Priscilla Azevedo

Músicos: Alexandre Katatau (baixo), Marcio Romano (bateria/percussão) e

Priscilla Azevedo (piano/acordeon)

Engenharia de som: Leo Salles Viot

Produção executiva: Marcelo Aouila

Realização: Renata Celidonio e Leo Salles Viot.

SERVIÇO

Espetáculo: Renata Celidonio canta FOSSA NOVA

Data: 10 de fevereiro de 2017 (única apresentação)

Horário: Sexta-feira, 21:30h.

Local: Solar de Botafogo (Rua General Polidoro, 180 / Botafogo)

Capacidade: 180 lugares

Gênero: Show

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Duração: 75 minutos

Informações: (21) 2543 5411

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

1 Comment

  1. Avatar
    Dalia Leal
    8 de fevereiro de 2017 at 11:36 Reply

    Renata Celidonio considero excelente atriz e cantora!
    É perfeita em seus trabalhos!

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