Sambalelê Musicalização – Marina

Sambalelê Musicalização – Marina

Uma escola itinerante de musicalização que mescla elementos tradicionais da cultura brasileira com elementos do encantador universo infantil, cativando e educando os pequenos através da música.  Confira nosso bate papo com pró Marina, sempre tão atenciosa, carinhosa  e cuidadosa com seus alunos, assim como todo grupo de professores da Sambalelê.

SNJ: Marina, como nasceu a Sambalelê?

Marina: A Sambalelê (apesar de não ter gênero, eu gosto de usar o artigo A!) nasceu da procura de mães de ex-alunos meus após eu me desvincular de um trabalho anterior. Não passava na minha cabeça na época criar um projeto pessoal de musicalização, mas após uma certa insistência, juntamente com minha amiga Sara Fadigas estruturamos a primeira turma (que existe até hoje!) e inauguramos a nossa escola em outubro de 2016. Aí começaram a chegar os pedidos de aniversários, outras turmas e a coisa não parou mais…

SNJ:  Como se deu a escolha do nome do grupo?

Marina: Eu queria um nome acessível para as crianças e para a memória. Um nome musical e que fosse especialmente algo da nossa cultura. Tinha que ser uma música infantil! Pesquisamos muito e Sambalelê caiu como uma luva, afinal além de eu amar, não conheço até hoje uma pessoa que seja que não goste dessa música (risos).

SNJ:  A Sambalelê mescla elementos tradicionais da cultura brasileira com as novidades do universo infantil. Quais são esses elementos?

Marina: Nós buscamos sempre resgatar os elementos da infância das gerações dos nossos avós e músicas infantis mais tradicionais. Trazer pra realidade dos pequenos coisas que não estão mais tão acessíveis e que não podemos deixar que se perca. São muitas as formas de fazer isso através de rodas, brincadeiras, jogos e outros, a maior parte usando poucos recursos materiais. E é encantador o quanto o simples deslumbra as crianças. Mas também não podemos ignorar o mundo que vivemos, não é? Então ao mesmo tempo em que fazemos esse resgate no nosso trabalho de festas e shows, nós também tocamos músicas que sabemos que eles gostam de ouvir em casa e são os sucessos do momento. Afinal ao mesclar o antigo e o novo,  tornamos as linguagens acessíveis e nos aproximamos ainda mais dos pequenos!

SNJ:  Quais são os serviços oferecidos pela Sambalelê e qual é o principal objetivo do grupo?

Marina: Hoje a Sambalelê oferece aulas de musicalização infantil para bebês e crianças em condomínios, creches e clínicas parceiras de Salvador e Lauro de Freitas. Oferece também cobertura musical completa para festas infantis: shows, oficinas, receptivos instrumentais e sonorização. Nosso principal objetivo é fazer e ensinar música para crianças com alta qualidade, compromisso e muito afeto.

SNJ:  Como se dá a escolha do repertório para os eventos?

Marina: Para os eventos pensamos muito na linha afetiva e sempre na personalização! Então, levamos muito em conta o tema da festa e a faixa etária das crianças para ir criando os roteiros de shows e oficinas. Também é comum as mães sugerirem canções que tem um significado mais especial. Também temos pedidos das próprias crianças durante as festas, o que deixa sempre mais dinâmico e divertido.

SNJ:  Quais são as músicas mais pedidas e que não podem faltar em nenhuma festinha infantil?

Marina: Sem dúvida o sucesso de todos os tempos é o pintinho amarelinho! Os menores amam demais. Listando as preferidas, posso dizer que nas listas das mamães e nos pedidos das crianças normalmente tem: Dona Aranha, Seu Lobato, Borboletinha, Fazendinha do Bita e Sambalelê rs.

SNJ: Vocês montam oficinas de música em eventos. Como funciona esse serviço e quais são os materiais utilizados?

Marina: As oficinas parecem com as aulas de música, mas a diferença principal entre as duas é que musicalização é uma atividade educacional e oficina em eventos é uma atividade recreativa. Afinal, a festa (o evento) é um contexto onde ocorre um encontro casual voltado para diversão. As crianças sentam em roda num tapete colorido em algum dos espaços do evento onde é contada uma história curta temática permeada por músicas em que as crianças tocarão instrumentos junto com os professores. Utilizamos instrumentos diversos como pandeiros, maracas, ovinhos, guizos…

SNJ:  Qual é a diferença entre musicalização e recreação musical?

Marina: Nas atividades recreativas musicais o foco é a diversão e entretenimento através da música. Nas atividades de musicalização, os objetivos pedagógicos são bem definidos, centrados no desenvolvimento musical, motor e social das crianças por intermédio de práticas direcionadas e o uso de instrumentos musicais.

SNJ: Para o desenvolvimento da criança, qual é a importância de aprender música desde cedo?

Marina: Hoje já é comprovado através de diversas pesquisas os inúmeros benefícios cerebrais que o aprendizado da música traz para a criança. São ganhos incomparáveis levados para a vida, no aprendizado escolar, noção espacial, desenvolvimento cognitivo, concentração, dicção, aprendizado de idiomas e de conceitos matemáticos… Mas principalmente pelo música e aprendizado musical! Pelas possibilidades que isso traz como ser humano integral: afetivo e solidário.

SNJ:  Com qual idade um bebê pode começar a aprender música?

Marina: Em média 4 meses por conta a espera para tomar as primeiras vacinas e fortalecimento do sistema imunológico para poder conviver com outras crianças.

SNJ:  O que as crianças fazem nas aulas?

Marina: Tocam os mais diversos instrumentos musicais, vivenciam ritmos diversos, cantam ouvem histórias e músicas, convivem com crianças de idades próximas e conhecem elementos da cultura popular brasileira. Tudo isso de uma forma lúdica e bastante natural.

SNJ:  Como é pra você trabalhar com crianças?

Marina: Um desafio a cada dia! Chego exausta, mas a cada sorriso ou uma reação positiva das crianças na aula me refaço em pura felicidade!

SNJ: Como você avalia o cenário musical dedicado ao público infantil hoje em dia?

Marina: Tem de tudo. Ao meu ver, existem coisas muito mal-feitas e coisas maravilhosas. Tem para todos os gostos e perfis de famílias. Mas num geral, eu acho que as coisas estão melhorando muito em qualidade de produção e acabamento. Está sendo produzido muita coisa boa por aí e fico muito feliz porque isso estimula todo mundo que trabalha no ramo a fazer cada vez melhor.

SNJ: Qual é a lembrança musical mais forte da sua infância?

Marina: Quando eu era muito pequena eu lembro de assistir minha mãe estudando piano. Ela tocava muito Chopin e Mendelssohn e eu não conseguia compreender os meus sentimentos direito ouvindo. Era muito intenso.

SNJ:  Quais são os projetos da Sambalelê para o segundo semestre de 2018?

Marina: Estamos  expondo na ExpoKids, no Salvador Shopping, até 2 de setembro, uma das melhores feiras de festas infantis do país.  Além disso, atualmente  estamos numa fase de transições. Somos uma equipe hoje de professores e amigos quase todos em conclusões de graduação ou mestrado em música. Eu concluí o meu mestrado no semestre passado, mas agora Thaise, Mariane, Kívia e Duda estão concluindo os deles. Iara e Karen concluíram a graduação delas faz pouco também. Dada a turbulência do bem (risos),  estamos sem agenda para outros eventos públicos, por enquanto.

SNJ:  Uma frase

Marina: Caia sete vezes, levante oito.

SNJ:  Um lugar

Marina: Minha casa!

SNJ:  Uma música

Marina:Pergunta mais difícil de todas! 3º movimento da 3ª Sinfonia de Brahms.

SNJ: Um sonho

Marina: Saber que fiz a diferença na vida de ao menos uma pessoa!

Galeria:

SNJ: Sambalelê por Marina
Marina: A busca por ensinar música e cidadania com amor que se reinventa a cada dia.

SNJ: Marina, muito obrigada! Que a Sambalelê continue levando música e alegria para nossas crianças. Vida longa e muita luz na caminhada.

 

Confira filme da Sambalelê realizado pela Playground Filmes:

 

 

 

 

 

 

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

2 Comments

  1. Avatar
    Fabiana
    21 de agosto de 2018 at 15:32 Reply

    Essa escola é o máximo!! As crianças adoram as aulas. Tem turma aqui no meu condomínio. To esperando meu bebê ficar maiorzinho para começar a participar!! 😍😍😍

  2. Avatar
    Dalia Leal
    2 de setembro de 2018 at 20:34 Reply

    Belo trabalho! gostei da idéia de resgatar músicas da nossa infância! parabéns pró Marina! e vc Lu Leal, arrasando sempre!❤☀️🌛🌟

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