SESC PINHEIROS RECEBE A PARTIR DO DIA 28 DE NOVEMBRO O PROJETO WARÃ – ENCONTRO DE SABERES

SESC PINHEIROS RECEBE A PARTIR DO DIA 28 DE NOVEMBRO O PROJETO WARÃ – ENCONTRO DE SABERES

Projeto reflete sobre a relevância dos saberes das populações indígenas a partir de debates, exibição de filmes, intervenções e visita à aldeia. Com curadoria de Cistina Flória e Marília Cyrne, os eventos têm participação do tradutor de guarani e cineasta Alberto Alvares; do cinegrafista indígena Lincon Xavante; da diretora e atriz Letícia Sabatella e muitos outros.

Entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, o Sesc Pinheiros recebe a programação gratuita e aberta ao público de Warã – Encontro de Saberes. Neste evento, rodas de conversa, intervenções, exibições de vídeo e visita à aldeia indígena promovem reflexão sobre conhecimentos tradicionais dos povos Guarani (SP), Xavante (MT) e Krahô (TO) e suas relações com os saberes diversos partilhados com outras culturas. A curadoria foi feita pela produtora cultural Cristina Flória e pela estudante de Ciências Sociais Marília Cyrne.

O projeto contribui para uma reflexão sobre os conhecimentos tradicionais das sociedades indígenas no Brasil, que estão em contínua criação e recriação de significados, traçando um paralelo com a sociedade envolvente, que ainda apresenta imensas dificuldades em reconhecer a complexidade e propriedade intelectual desses povos sobre seus conhecimentos. Warã, na língua a’uwê dos povos Xavante do Mato Grosso, significa local de reunião, local de encontro dos homens, dos anciãos, espaço central da aldeia, onde acontecem as cerimônias.

Warã – Encontro de Saberes também contribui, segundo seus idealizadores, para a construção da noção de alteridade de forma contextualizada, ou seja, na possibilidade de que uns se reconheçam nos outros mesmo diante das diferenças físicas, psíquicas e culturais. “O respeito à paridade de direitos é essencial, principalmente diante de um mundo impessoal proposto pelo capitalismo. A revisão da noção de cultura conduzida pela antropologia tem possibilitado a construção de instrumentos para que os sistemas de conhecimentos produzidos pelos povos indígenas e o conjunto de saberes possam ser reconhecidos, apontando para o caminho de uma convivência democrática e igualitária entre os diferentes povos” complementam.

Sobre as curadoras        

Cristina Flória é produtora cultural, pós-graduada em Gestão Cultural; Perita em  pareceres técnicos para o MinC, organizadora dos Livros Tradição e Resistência – Encontro de Povos Indígenas, Edições Sesc, 2008 e Wamrêmé Za’ra – Nossa Palavra: Mito e História do Povo Xavante,  Editora Senac,1998; diretora dos filmes Dasiwa’uburéze nossa cultura, realização Sesc TV, 2014; Piõ Höimanazé – a mulher Xavante em sua Arte, 2008 e  A’uwê Uptabi – o Povo Verdadeiro, 1999. A’uté A’uwê Uptabi: ser criança A’uwê, 2018.

Marília Cyrne é estudante de Ciências Sociais na USP, frequenta aldeias indígenas desde 2015, auxiliando o povo Guarani a escrever e realizar projetos na área de meio ambiente e educação. Atualmente trabalha em pesquisa de história oral junto aos Krahô de Tocantins.

Programação completa

Exibição de Vídeos

Dia 28 de novembro, quarta-feira, 19h30

Praça. Livre

Wera mc & oz guarani – pemomba eme

(video clipe 5 minutos), 2018. Produção: Grupo Audiovisual Tenonde Porã

Nhanhoty – semente tradicional Guarani

(6 minutos), 2011. Produção: Grupo Audiovisual Tenonde Porã

Guardiões da Memória (55 minutos), 2018.

Direção: Alberto Alvares

Ao final haverá bate-papo com o ator, professor e tradutor de Guarani e cineasta Alberto Alvares, da etnia Guarani Nhandeva, do Mato Grosso do Sul.

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Dia 29 de novembro, quinta-feira, 19h30

Praça. Livre

Voz das Mulheres Indígenas

(17 minutos), 2015. Direção: Glicélia Tupinambá e Cristiane Pankararu.

Hotxuá

(70 minutos), 2012. Direção: Letícia Sabatella e Gringo Cardia.

Ao final haverá bate-papo com Ismael Apract, ancião Hotxuá, que participou do filme, e a diretora Letícia Sabatella.

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Dia 30 de novembro, sexta-feira, 19h30

Praça. Livre

Ohokoti

(9 minutos), 2015. Realização: ASCURI – Associação Cultural dos Realizadores Indígenas. Grupo de jovens realizadores culturais Guarani, Kaiowa e Terena.

A’uté A’uwê Uptabi: ser criança A’uwê

(41 minutos), 2018. Direção: Cristina Flória e Wagner Pinto. Realização: Sesc TV

Ao final haverá bate-papo com o cinegrafista indígena Lincon Xavante, formado no Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras realizado no Rio de Janeiro em parceria com o Departamento de Endemias Samuel Pessoa – ENSP/Fiocruz, Museu do Índio/Funai e a aldeia Xavante Pimentel Barbosa, Suptó Xavante, cacique e diretor da Escola Indígena da aldeia Pimentel Barbosa e Cristina Flória, diretora do filme.

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Rodas de conversas

Dia 28 de novembro, quarta-feira, 15h

Sala de Oficinas (2º andar). Livre

Visões indígenas: Território e Territorialidade, preservação do meio ambiente e da ancestralidade cultural

Com Suptó Xavante, cacique da aldeia Pimentel Barbosa, da Terra Indígena homônima, no Estado do Mato Grosso; Patrícia Rodrigues (Pagu), do povo Fulni-ô, cientista social, formada pela Usp, assessora parlamentar, educadora e professora na aldeia indígena Fulni-ô; Marcia Djera Mirim, liderança Guarani, da aldeia Pyau, Terra Indígena Jaraguá. Mediação de Cristina Flória, diretora de documentários.

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Dia 29 de novembro, quinta-feira, 15h

Sala de Oficinas (2º andar). Livre

Visões Indígenas: Conhecimentos Tradicionais, um diálogo com a contemporaneidade

Com Adauto Xavante, vice cacique e professor da Escola Estadual Indígena de Pimentel Barbosa do Mato Grosso e Werá MC, rapper, da aldeia Tekoha Piyau, do Território Jaraguá, em São Paulo. Mediação: Tatiana Amaral

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Dia 30 de novembro, sexta-feira, 15h

Sala de Oficinas (2º andar).

Visões Indígenas: Resistências, formas de manter a Tradição e a Transmissão dos saberes ancestrais

Com Getúlio Kruakray, liderança Krahô, que fez parte da Guarda Rural Indígena na década de 1970, projeto implementado entre vários povos indígenas pela ditadura militar; Sonia Ara Mirim Guarani, líder indígena da aldeia Pyau, Terra Indígena Jaraguá. Mediação: Marília Cyrne, pesquisadora em história oral.

Intervenções

Dia 1º de dezembro, sábado, 10h30

Sala de Oficinas (2º andar). Livre

Pulseiras e colares com os Guarani

As mulheres Guarani apresentam alguns tipos de pulseiras e colares, que são feitos com sementes olho de cabra e que são expressão da sua cultura.

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Dia 1º de dezembro, sábado, 12h

Praça. Livre

Brincando de peteca (tob’daé) com os Xavante

Neste encontro os Xavante vão apresentar a peteca (tob’daé), feita com palha de milho. É uma brincadeira muito antiga, disputada entre dois grupos, que durante o jogo precisam acertar o adversário com a peteca. Essa brincadeira revela para os anciões a agilidade dos meninos.

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Dia 1º de dezembro, sábado 13h

Sala de Oficinas (2º andar). Livre

Abanadores Krahô

 

As mulheres Krahô apresentam os abanadores tradicionais feitos com materiais do Cerrado, utilizados para espantar o calor e em atividades domésticas, como acender fogo.

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Dia 1º de dezembro, sábado, 16h

Praça. Livre

Feira de troca de Sementes

 

Abertura com Cantos Tradicionais dos povos Guarani, Xavante e Krahô, encerrando as atividades do projeto Warã. Encontro de Saberes, será realizada a Feira de Sementes, aberta a todos, com o objetivo de fortalecer a rede de conservação e troca de sementes, contribuindo assim, na promoção dos diálogos sobre agrodiversidade e práticas agroecológicas.

Passeio               

Dia 2 de dezembro, domingo, 8h

Visita Terra Indígena Guarani Jaraguá

Visita às aldeias Guarani que estão localizadas ao lado do Pico do Jaraguá onde também estarão presentes os índios Xavante e Krahô, participantes do projeto Warã – Encontro de saberes. Saída às 8h, retorno da aldeia às 11h. Esgotado.

SERVIÇO

WARÃ – ENCONTRO DE SABERES

De 28 de novembro a 2 de dezembro, quarta a domingo, vários horários

Grátis

Livre para todos os públicos

SESC PINHEIROS

Endereço: Rua Paes Leme, 195.

Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10 às 18h.

Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e feriado, das 10h às 18h30. Taxas / veículos e motos: para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18 (não credenciados).

Transporte Público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m

INFORMAÇÕES À IMPRENSA


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