Marcelo Castro Bomfim

Marcelo Castro Bomfim

Marcelo Castro Bomfim  é psicólogo e filósofo. Está lançando o livro “Ansiedade e Atualidade” que aborda ansiedade pessoal e coletiva. Conversei com o autor sobre patologias psicológicas, a diferença entre os transtornos de ansiedade mais comuns  e a importância da busca do sentido existencial pessoal para a auto realização.

Lu: Marcelo, quando e como despertou o interesse pela Psicologia e Filosofia?

Marcelo:  No início dos anos 2000 eu me formei na Escola Técnica Federal da Bahia e logo fui trabalhar no Pólo Petroquímico de Camaçari. Após alguns anos de atividades lá, fui percebendo que aquela função profissional não coadunava com o meu sentido existencial. Foi quando comecei a ler mais detidamente sobre Psicologia e me encantei, pois, não só os seus princípios, mas também o meu traço de personalidade sintonizava muito com as atribuições esperadas para um psicoterapeuta. Resolvi que finalizaria a minha carreira como técnico em mecânica industrial para me tornar psicólogo. Foi a melhor coisa que eu fiz pois realmente encontrei o meu sentido existencial no campo profissional. Não me vejo fazendo outra coisa se para isso tiver que deixar a Psicoterapia. A filosofia veio depois já que vi que algo faltava na minha formação teórica psicológica. Foi justamente isso que me levou a fazer a graduação em Filosofia, com o objetivo de tentar melhor entender o ser humano.

Lu: Você ministra palestras em diversas instituições. Quais são os temas que costumam ser abordados?

Marcelo: Temas de Psicologia, Filosofia, religião, transtornos psicológicos e psiquiátricos, o sentido da vida e muitos outros.

Lu: Você está lançando um livro intitulado “Ansiedade e Atualidade”. Conte-nos um pouco sobre a abordagem. Ele é voltado somente para pessoas que já desenvolveram algum tipo de distúrbio de ansiedade ou para o público em geral?

Marcelo:  Eu escrevi este livro para todas as pessoas que desejam entender um pouco mais sobre a ansiedade na atualidade, tanto pessoal quanto coletiva. Coloquei nele uma linguagem plenamente acessível a fim de agradar tanto acadêmicos quanto leigos interessados em aprender um pouco mais sobre os transtornos de ansiedade.

Lu: Em tempos de crise e tantas dificuldades, com um ritmo de vida cada vez mais acelerado, o que pode ser feito para driblar a ansiedade?

Marcelo: Em primeiro lugar, a busca pela psicoterapia a fim de que a pessoa comece a entender as causas da sua ansiedade. Segundo, o encontro com o seu sentido existencial pessoal e isso, por si só, apesar de não ser tão fácil de conseguir, já traz uma ajuda significativa numa perspetiva terapêutica para a ansiedade. Em terceiro lugar, a busca pelo auxílio do que eu chamo de complemento terapêutico: acupuntura, homeopatia e massoterapia. Quarto, a prática de alguma atividade física. Quinto, a modificação do estilo de vida da pessoa de forma a auxiliá-la na busca por saúde com mais serenidade e menos estresse.

Lu: Existe relação entre síndrome do pânico e transtorno de ansiedade?

Marcelo: Relação total pois a síndrome do pânico é uma das três principais formas de manifestação de ansiedade patológica conforme eu descrevo claramente no meu livro.

Lu: Quais são os tipos de transtornos de ansiedade? Há diferença na prevenção de cada um?

Marcelo:  Os tipos de transtornos de ansiedade são muitos e variados, mas, os mais comuns são aqueles que eu apresento no meu livro: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico e transtorno de fobia social. A prevenção deles não demanda necessariamente uma especificidade, de forma que uma psicoterapia bem conduzida em conjunto com acupuntura, homeopatia e massoterapia, além da busca pela melhor qualidade de vida pessoal, costuma ser um verdadeiro auxílio preventivo a manifestação dos transtornos de ansiedade.

Lu: Quais são as principais diferenças entre o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno do pânico e a fobia social? Os três transtornos costumam apresentar-se mutuamente?

Marcelo: É possível diferenciar sim, eu deixo isso bem claro no meu livro. Quando nós nos referimos a transtornos de ansiedade, muitas pessoas entendem que se trata de uma coisa só, mas não é assim, existe um espectro diverso, uma variedade de possibilidades de manifestação da ansiedade. As mais básicas são: o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o transtorno do pânico e a fobia social. Desses três, o mais comum é o primeiro. No caso da TAG, o próprio termo já designa a especificidade desse transtorno porque é quase uma “explosão emocional” no corpo, uma somatização generalizada. A pessoa sente tremores, falta de ar, cefaleia, dores no estômago, incontinência urinária, dores intestinais, diarreia, uma sensação confusa de estar ou não no mundo, tontura…é uma diversidade de sintomas e em muitos casos a pessoa não consegue identificar a razão pela qual ela sente tudo aquilo e aí surge o conflito. Então, muitas vezes, a depender do quadro, é necessário que a pessoa já faça um acompanhamento psiquiátrico, além do psicológico. O segundo transtorno de ansiedade mais comum, é o transtorno do pânico. Em linhas gerais ele tem origem através de um mito grego, o mito do Deus Pã. Segundo a vertente grega, ele costumava assustar as pessoas quando elas entravam em terras desconhecidas porque ele tinha características animalescas: metade corpo humano e metade corpo de cabra e as pessoas eram tomadas de um PÂNico, de um pavor imenso e uma sensação que tinham que fugir com toda a rapidez e com toda a força. Daí surgiu o transtorno do PÂNico que contempla uma falta de ar intensa em conjunto com uma sensação de quase morte. Quem passa pelo transtorno sabe que é uma sensação absurdamente desagradável porque ela sente que está morrendo ou enlouquecendo. São crises que passam,  costumam durar cerca de 30 seg a 3 min. e não existe nos registros da Psicologia ou da Psiquiatria, nenhum caso de morte em decorrência do transtorno do pânico, embora a sensação seja de quase morte. Ele passa, mas o grande problema é o retorno. As pessoas costumam relatar em psicoterapia que não vão resistir se voltar a sentir isso. E como,  em muitos casos, a pessoa passa muitas vezes por esse tipo de crise,  chega a um ponto que ela começa a fazer conexão com o pensamento suicida, como resolução para esse transtorno devastador do ponto de vista emocional. É realmente um problema muito grave, a pessoa precisa de acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Por fim, o terceiro transtorno de ansiedade mais comum é a fobia social, onde a pessoa não consegue se submeter ao contato com outras pessoas, não consegue fazer uma apresentação pública, apresentar um seminário na faculdade e etc. Existem casos da pessoa não conseguir, por exemplo, assinar um cheque se estiver na presença de outras pessoas. Então, ela começa a se isolar porque é um conflito eminentemente de exposição social. Isso muitas vezes é feito dentro do próprio quarto porque ela não consegue mais pegar um ônibus, um metrô, ela não consegue mais estar em atividades sociais onde outras pessoas estejam presentes. A  sensação devastadora que a pessoa portadora de fobia social sente é que todas as pessoas estão olhando para ela e julgando-a.  Como a tendência é que a intensidade aumente, ela começa a se isolar cada vez mais e tende a pensar coisas do tipo:   ” a vida social é de relação, mas todas as pessoas estão sempre me olhando e me julgando. Não quero mais isso pra mim. ” Qual é a melhor solução para isso? infelizmente, o pensamento suicida. E muitas pessoas chegam a consumar, o que nos entristece muito no ponto de vista psicológico e psiquiátrico. Esses três transtornos não tem necessariamente uma relação entre si, podendo apresentar-se  separadamente. Mas é claro que em alguns casos um transtorno se conecta com o outro e todos podem apresentar-se simultaneamente.

Lu: Quais são os sintomas que levam a uma identificação que o quadro do paciente configura uma disfunção e não somente uma ansiedade natural do cotidiano?

Marcelo: Deixo claro no meu livro que sentir ansiedade é normal e saudável, mas que tipo de ansiedade? refiro-me a ansiedade não patológica, obviamente. Prefiro chamá-la, inclusive, de expectativa. Nós todos herdamos dos nossos ancestrais mais remotos como o  pithecanthropus erectus a capacidade de nos prepararmos para os embates, fugas e proteção do ambiente em que nos encontramos. Filogeneticamente, então, aprendemos que existem momentos de maior expectativa em que a ansiedade normal se manifestará. Por exemplo, quando vamos esperar alguém no aeroporto, fazer uma prova, realizar um trabalho novo e etc,  essa expectativa maior se estabelece e isso é plenamente normal. Porém, quando esse quadro emocional começa a perdurar no dia a dia da vida humana apresentando sintomas variados e contínuos como sudorese excessiva, arritmia cardíaca, dificuldade para respirar, perda do sono, tremores constantes, síndrome da perna nervosa, sensação de tensão emocional entre outros sintomas, aí sim, nesse caso, trata-se de uma ansiedade patológica ou transtorno de ansiedade, demandando psicoterapia e a depender do caso, também acompanhamento psiquiátrico.

Lu: Durante uma crise é possível fazer algo para que a mesma não evolua? Como família e amigos podem ajudar?

Marcelo:  Sim, é possível. A primeira coisa é trazer a consciência para o presente entendendo que o que está se passando é uma crise de ansiedade, mas, que vai passar. Diante disso, utiliza-se de técnicas de respiração e autocondução mental. Com alguns minutos, a crise tende a passar. Posteriormente, a pessoa deve procurar um psicólogo ou psicóloga, a fim de entender as razões  dessa ansiedade patológica e se for o caso, procurar também uma consulta psiquiátrica e tanto a família, quanto os amigos ajudarão muito se auxiliarem e incentivarem  na busca por ajuda psicoterapêutica e psiquiátrica.

Lu: Qual é o papel da atividade física na prevenção e no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade?

Marcelo:  Papel importantíssimo pois eliminamos determinados hormônios cerebrais prejudiciais através da sudorese e produzimos outros benéficos e promotores da sensação de bem estar psicológico. A atividade física, portanto, é fundamental.

Lu: Situações como bullyng, principalmente em crianças, podem trazer algum tipo de transtorno? Como os pais podem ajudar nesse contexto?

Marcelo:  Podem sim e os transtornos de ansiedade são justamente os mais comuns nesses casos. Os pais podem e devem ajudar muito. Em primeiro lugar,  estando sempre presentes no processo educacional das crianças e adolescentes. Em segundo lugar,  não delegando à escola o que é de responsabilidade dos pais. Terceiro, mantendo sempre um diálogo aberto e franco com os filhos. Quarto, buscando orientação psicoterapêutica para os filhos sempre que se perceber alguma mudança comportamental e emocional mais intensa neles, afinal, é de fundamental importância que eles tenham um espaço de fala e escuta terapêutica.

Lu:  Como a hipnose clínica e a regressão de memória podem contribuir no tratamento de disfunções psicológicas?

Marcelo: Podem contribuir muito. O termo “hipnose”, embora seja muito conhecido no mundo inteiro, atualmente não é muito utilizado. Essa terapia pode ajudar muito na forma como a pessoa vive, como ela enxerga a si própria e pode a partir dos processos de indução mental volta a determinadas reflexões, modificando crenças que muitas vezes a prejudicam. Eu atendo pessoas que conservam em si uma auto sabotagem incrível e não se desenvolve na vida em função disso. Traumas e conflitos da infância e da adolescência podem ficar adormecidos pela consciência, mas naturalmente são registrados pelo nosso inconsciente e a regressão de memória vai ajudar muito nesse processo de retorno, onde a pessoa pode rememorar o trauma/conflito e a partir dali traçar um novo rumo para a sua própria existência. Então, tanto uma, quanto outra ajudam muito nas disfunções psicológicas.

Lu:  Existe alguma restrição para esse tipo de tratamento?

Marcelo:  Existem algumas restrições para pessoas com processos psicológicos e psiquiátricos mais profundos. Por exemplo, pessoas com diagnóstico de esquizofrenia e transtornos psicótico como a parafrenia. Nesses casos não são indicados pois são estados em que a pessoa varia entre a normalidade e os estados patológicos. vive o momento presente mas ao mesmo tempo vive uma outra realidade que foge daquilo que chamamos de normalidade. Então, nesses casos, especificamente, não são indicadas essas duas terapias. Mas são ferramentas terapêuticas realmente sensacionais para diversos outros casos e costumam alcançar resultados bastante significativos.

Lu:  Quais são os primeiros sinais da depressão e como saber a hora de procurar ajuda?

Marcelo:  Os primeiros sinais da depressão podem ser variados de pessoa para pessoa. O que se deve estar atento é para mudanças repentinas de humor e comportamento inabituais a persistirem ao longo de um mês e meio. A partir desse tempo mínimo, se esses sinais persistem, ela deverá buscar o devido acompanhamento psicológico a fim de diagnosticar se o que está presente se trata de uma tristeza (passível de ser vivida por todas as pessoas), ou uma depressão propriamente dita.

Lu: Qual é a sua avaliação acerca de campanhas de prevenção ao suicídio como o “Setembro Amarelo”? Elas de fato trazem resultado?

Marcelo:  A avaliação que eu faço das campanhas relacionadas ao “Setembro Amarelo” é a de que são campanhas da mais alta importância para a sociedade. Num contexto social com um número tão grande de suicídios, 32 suicídios por dia somente no Brasil, precisamos falar e esclarecer cada vez mais a população a esse respeito, inclusive, pelo fato de que grande parte das pessoas que terminam por buscá-lo como uma pseudo resolução de seus problemas, já vivenciavam o transtorno de ansiedade ou de depressão.

Lu: Pra você, como profissional, por que as pessoas ainda resistem tanto a procurar ajuda psicológica? Qual importância da desmistificação e psicoeducação nesse sentido?

Marcelo: Primeiro pelo fato de que há ainda muita ignorância social, falta de informação mesmo, a respeito do que é psicoterapia e Psiquiatria. Segundo, a própria dificuldade de acesso social mais amplo à esses profissionais. Terceiro, a ideia equivocada de que a própria pessoa, por si só sempre conseguirá sozinha resolver todos os seus problemas e conflitos pessoais. Acredito, porém, que essa fase de ignorância social  já está passando, o acesso a informação e divulgação nos meios de comunicação de massa estão acontecendo e já consigo observar mudanças significativas nesse quesito na atualidade em relação, por exemplo, há dez anos atrás.

Lu: Calcula-se que em breve a depressão será a primeira causa de absenteísmo do trabalho. O que está acontecendo?

Marcelo: Está acontecendo o mesmo em relação à ansiedade. Descrevo isso tudo no meu livro mostrando as mudanças prejudiciais de comportamento pessoal e social, principalmente, a partir de três pontos principais: o individualismo, o consumismo e o sexualismo, entre outros problemas importantes. Há que se buscar uma revisão de comportamentos e valores em busca de um sentido existencial pessoal e intransferível como terapêutica íntima à depressão e a ansiedade.

Lu: Existe alguma tática para viver a tristeza natural que faz parte do contexto da vida e aprender a se reconstruir antes de desenvolver sintomas patológicos?

Marcelo:  Excelente pergunta e a resposta é que sim, há uma tática. Ela se chama “sentido existencial pessoal”. Quem tem um sentido existencial pessoal vive os mesmos problemas sociais e pessoais que todas as pessoas vivem, porém, tende a não fazer deles um impeditivo para seguir vivendo a vida com entusiasmo, persistência e objetivo. Quem tem um sentido existencial pessoal, então, desenvolve melhor a tão importante “resiliência” diante das tristezas e frustrações do dia a dia.

Lu: A pressão pra ser feliz é um fenômeno do mundo moderno. E as redes sociais potencializam essa realidade…

Marcelo:  A revolução industrial, sobretudo, a partir do final do século XIX, trouxe para toda a humanidade uma expansão quase infinda de possibilidades, culminando com toda a tecnologia do mundo moderno e suas facilidades. Com a tecnologia de ponta, então, passamos todos e todas a participar uns da vida dos outros em tempo real através das redes sociais, mesmo que uma pessoa esteja no Brasil e a outra no Japão. Com isso, o que ganhamos em amplitude de possibilidades de contatos, parece que progressivamente fomos perdendo em pessoalidade e mutualidade. Sendo assim, muitas vezes, uma pseudo realidade específica é criada, aquela que coloca a pessoa na eterna condição de felicidade, muito fácil de ser mantida por não se tratar de relacionamentos face a face. Uma imagem, então, é vendida através de fotos onde os protagonistas sempre estão nos melhores restaurantes, comendo os melhores pratos, com as melhores companhias, numa falsa realidade de si, quando muitas vezes se encontram plenamente entristecidas e ansiosas internamente, com as óbvias exceções naturalmente.

Lu: Você disse que um dos temas que costuma abordar em suas palestras é o sentido da vida. Qual é o verdadeiro sentido da vida? A religião interfere nesse contexto?

Marcelo: Quando eu me refiro ao sentido da vida, ele não está vinculado necessariamente a nenhuma religião porque ele não tem na realidade nenhum viés religioso. Quando eu me refiro ao sentido da vida, me refiro a aquilo que move a pessoa no mundo, aquilo que a faz viver a vida, aquilo que a motiva a levantar da cama todos os dias. Infelizmente muitas pessoas passam a vida inteira  sem descobrir o motivo pelo qual estão no mundo. E isso é uma pena porque quando descobrem o seu sentido existencial pessoal se encontram sintonizadas com a razão de ser, com a razão de estar no mundo. Esse sentido existencial é vasto e varia muito de pessoa pra pessoa. Para uns  está vinculado a uma atividade na universidade, a um desempenho de uma tese, a algo que o leve a escrever um livro, a aprofundar um tema filosófico. Para outras pessoas, está vinculado a uma atividade de cunho assistencial, para outras o sentido existencial é se aprofundar em um instrumento musical e para outras,  o sentido existencial é   fazer parte de algum segmento religioso e desenvolver uma atividade qualquer do ponto de vista caritativo. Então, isso varia muito de pessoa pra pessoa. A religião pode ajudar algumas pessoas nesse sentido e para outras não tem nenhuma interferência. O sentido existencial é algo genuinamente pessoal e intransferível e a  psicoterapia ajuda muito para que a pessoa  vá entendendo o que efetivamente a move. Muitas vezes, e eu coloco isso no meu livro, pelos “compromissos e responsabilidades” vamos deixando de lado o que estava no nosso coração na infância e adolescência. Então, também é papel da psicoterapia resgatar isso e ajudar a pessoa a sintonizar com esse sentido existencial que se manifestava ali naquele primeiro momento. Trata-se  daquela força interna que Carl Rogers  chamava de sabedoria interna ou sabedoria organísmica, que fala sobre a motivação fundamental do sentido existencial de cada pessoa.

Lu: Hoje se fala muito em Síndrome de Burnout. O que quer dizer isso?

Marcelo:  A Síndrome de Burnout tem realmente crescido muito nos diagnósticos psiquiátricos e nas consultas psicológicas diversas. Ela está relacionada com a intensidade de estresse, tensões emocionais e psicosomatizações diversas,  diretamente vinculadas ao trabalho que as pessoas executam. Como diversas vezes elas   têm se sobrecarregado de atividades extenuantes  sem meios para relaxamento e qualidade de vida,  naturalmente a Síndrome de Burnout tem se tornado cada vez mais comum na atualidade.

Lu: Uma frase

Marcelo: Uma frase do meu livro: “A paz proporciona saúde psíquica. Silêncio proporciona saúde emocional. O corpo físico agradece. A mente também. Em um mundo com tantas demandas por serem resolvidas, parar um pouco, sentir um pouco, respirar profundamente um pouco, tudo isso é construção para a saúde, para a paz e para a serenidade.”

Lu: Um sonho

Marcelo:  Que a serenidade pessoal, a mutualidade interpessoal e a gentileza social sejam constantes em nossas vidas.

Lu: Marcelo Castro Bomfim por Marcelo Castro Bomfim

Marcelo:  Alguém que faz do autoconhecimento profundo e integral uma meta pessoal e intransferível.

Lu: Antes de concluir, por favor, deixe uma mensagem para os leitores desse site.

Marcelo: Gostaria de frisar que vale muito a pena investirmos no encontro e desenvolvimento do sentido existencial pessoal. Quem tem um sentido existencial pessoal, encontra a razão para estar no mundo, abrir os olhos e se levantar da cama todos os dias. Busque o seu sentido existencial pessoal e utilize-o como um farol para a sua auto realização no mundo!

Lu: Marcelo, muito obrigada! espero poder contar com a sua participação outras vezes nessa Janela que também é sua. Muita saúde sempre!

Marcelo: Mas sou eu que agradeço a possibilidade de aqui estar. Muito obrigado, Lu.

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

5 Comments

  1. Avatar
    Dalia Leal
    27 de setembro de 2019 at 00:21 Reply

    Excelente entrevista! importantes esclarecimentos! parabéns Luciana Leal!!!👏👏👏☀️🌜🌟💋❤

  2. Lúcio Sacramento
    Lúcio de Castro Sacramento
    27 de setembro de 2019 at 16:21 Reply

    Excelente entrevista. Esclarecedora e de importante utilidade pública. Parabéns aos dois!

  3. Avatar
    Fabiana LS Marques
    29 de setembro de 2019 at 21:11 Reply

    “Busque o seu sentido existencial pessoal e utilize-o como um farol para a sua auto realização no mundo!”
    Perfeito!!! Excelente tema e entrevista. Parabéns aos envolvidos.

  4. Avatar
    Antônio Carlos Tourinho
    30 de setembro de 2019 at 09:09 Reply

    Eu gostei muito das últimas entrevistas, principalmente a de Marcelo Bomfim. Muito bem abordada para o atual momento que estamos vivendo. Aguardo outras iguais a estas. Parabéns!!!

  5. Avatar
    Lucia Lima
    24 de outubro de 2019 at 07:36 Reply

    Parabéns para Luciana e Marcelo, pelos temas atuais abordados, de grande importância e muito bem esclarecidos.

Leave a Reply