Escritora brasileira premiada, Suzy Hekamiah, fala de suas novas antologias e lançamento do seu livro “Demódée”

Escritora brasileira premiada, Suzy Hekamiah, fala de suas novas antologias e lançamento do seu livro “Demódée”

Suzy Hekamiah é escritora, roteirista e artista digital na indústria de entretenimento, nascida em Caxias do Sul -RS, tem conquistado destaque internacional por seu trabalho na literatura.

Radicada em Los Angeles, Suzy desde os cinco anos se apaixonou pela criação de histórias e a arte de mexer com o imaginário das pessoas e de si mesma. Filmes e desenhos animados eram suas principais companhias. Desde jovem descobriu o poder da Arte de causar emoções fortes às pessoas e se apaixonou por isso. E como toda criança, tinha seus amigos imaginários que se tornaram personagem de seus livros.

Suzy começou a escrever profissionalmente aos 18 anos, quando assinou com a editora Literata a publicação de dois contos de Literatura Fantástica. Desde 2009, participou de mais de 50 livros como contista e poetisa, tem dois livros individuais e uma HQ publicada no México. Foi uma das organizadoras da Semana do Livro Nacional de Caxias do Sul nos anos de 2013 e 2014. Em 2018, ganhou o Troféu Literatura Fantástica, em 2019 ganhou o Troféu Monteiro Lobato por participações em antologias e já participou de painéis e eventos de Literatura pelo Brasil.

Aqui no Nossa Janela ela conta tudo sobre carreira!

Confiram!

 

Suzy quando começou seu contato com a literatura?
Isso é interessante porque foi até antes de eu começar a ler. Foi através dos quadrinhos que meu irmão mais velho pegava na escola ou quando íamos viajar e meus pais compravam algo para lermos. Eu possuo uma coleção de mais de 700 comic Books.

 

Conta um pouco sobre o início do seu processo de criação?
Bem, eu imaginava histórias em brincadeiras como qualquer criança e esse lado lúdico sempre me acompanhou. Eu brincava sozinha na maioria das vezes e isso deve ter influenciado. Então, para mim sempre
foi mágico escrever cenários e situações de fantasia que eu gostaria de viver. Hoje não vejo como um escapismo da realidade como eu via quando criança, mas sinto que o que imagino deve apenas ser escrito.

 

Você publicou suas obras na internet. Qual a importância dessas obras na internet dentro da sua carreira?
Amei essa pergunta! Porque condiz muito com o meu começo de carreira e ainda há uma grande importância. No começo, quando eu estava procurando editoras para apresentar os meus originais (e elas apresentavam um orçamento caro para isso), eu resolvi fazer um blog e comecei a escrever por lá minhas crônicas, poesias e demais ideias… 

Então, eu comecei a divulgar esse mesmo blog em fóruns de Literatura e em um desses fóruns que fiquei sabendo da seleção para contos em uma antologia de vampiros em 2019 e foi aí que mandei dois contos e os dois foram selecionados e não parei mais de publicar.

Há um público grande de blogueiros literários que sempre busca divulgar contos online e portais da internet que fui colunista para textos sobre espiritualidade. A vantagem de publicar na internet é que o contato com os novos e atuais leitores é mais direto e dinâmico e se torna mais viável construir uma rede de pensadores e leitores.

Atualmente a maioria dos adolescentes e alguns adultos também, não consomem livros físicos, apenas digital. O que você acha desse processo?
Eu acho normal porque assim como os computadores substituíram as máquinas de escrever e CDs os vinis, cedo ou tarde haveria alguma mudança tecnológica para com os livros e que chamaria mais a atenção da atual geração. Minha geração trocou as lojas de CD pelo celular e os livros sofrem essa mudança também. Particularmente, eu prefiro o livro físico porque gosto de colecionar e olhar para um monitor para ler por muito tempo não é confortável para mim.

Mas há o lado negativo de tudo isso. Algumas livrarias e eventos não estão sobrevivendo com a falta de público e os livros digitais custam menos. Isso é bom para o leitor, mas nem sempre para o autor.

Você consome conteúdo digital?
Consumo bastante, mas sou bem seleta. Eu normalmente procuro o conteúdo do que deixo as redes sociais me indicarem algo e muitos livros e revistas digitais eu acompanho porque adoro o trabalho.

Você tem projetos em desenvolvimento? Livros, poemas…
Atualmente estou montando minhas primeiras coletâneas de contos por temas. Eu estou reunindo os que eu já lancei em antologias e escrevendo novos. Serão coletâneas de Literatura Fantástica, mas também de poemas e crônicas.

Em paralelo estou trabalhando em dois livros infantis para este ano, no lançamento do meu livro “Démodée” e participando de mais seleções de antologias (já são mais de 50 participações) e não pretendo parar se eu acho o trabalho da editora legal, porque isso é um bom modo de estar em constante contato com novos leitores.

Fora isso, eu estou buscando entrar no mercado de games com algumas parcerias sobre algumas histórias minhas.

Quais são seus planos? Tem algo dentro do seu trabalho, que nunca tenho feito e ainda quer fazer?
Eu quero muito escrever para filmes, séries, games e Realidade Virtual. Meu foco agora é caminhar para o audiovisual e provavelmente escrever para games será meu foco neste ano.

Você é considerada uma especialista em literatura fantasiosa, quais os gêneros que você escreve?
Eu escrevo principalmente Dark Fantasy, TerrorGótico, Ficção Científica, poemas e roteiros em geral. Tudo depende do meu humor, trabalho ou do que estou absorvendo culturalmente no momento do projeto.

Você recebeu uma honraria este mês, pode contar mais detalhes?
A premiação faz parte da OMDDH – Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos e é uma das maiores honras da minha carreira literária. Desde que comecei a trabalhar palestrando em escolas e alcancei parte do meu trabalho com jovens e crianças, eu percebi que parte da minha missão não era apenas falar sobre meus personagens e jornada deles, mas como a leitura tem poder de mudar as nossas vidas, é cientificamente comprovado, como faz bem a nossa saúde. Essa honraria é apenas a comprovação que penso que estou no caminho certo em transformar novas pessoas em leitores.

Conte como vai ser o lançamento de seu livro “Démodée”?
Se tudo ocorrer como planejado, o livro “Démodée” será lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, ou logo após (em setembro) e em seguida estará disponível em lojas físicas e online. Eu também estou pensando em organizar um lançamento em Los Angeles, para a versão em inglês no próximo ano.

Você foi selecionada para mais duas antologias de Literatura Fantástica da Editora Carnage?
Sim! Estas antologias têm como proposta a publicação de contos de diversos autores brasileiros de Fantasia e Terror. Com as atuais edições, completo 55 publicações de contos até o momento.As novas antologias “Carnificina II” e “Sagrado & Profano” exploram contos no universo de lobisomens e de histórias sobrenaturais dentro das religiões, respectivamente.

Você  declarou recentemente   seu interesse em escrever histórias no Rio Grande do Sul?
Eu cresci ouvindo lendas de assombrações do interior com o meu pai e sempre associei o clima isolado e antigo de cidades pequenas gaúchas como perfeitos ambientes para histórias de terror. Claro que como eu conheço essas regiões facilita o processo de escrita, mas, ao mesmo tempo, é sempre uma homenagem para a Literatura do meu estado.

Em ambas as antologias, além de criar novos personagens fantásticos, trata de assuntos particulares em seu processo criativo?
Em ‘Carnificina’ os personagens são pai e filha indo acampar, eu gosto da figura familiar dentro das histórias, mais do que um grupo de amigos se aventurando. E em ‘Sagrado e Profano’ eu trato como sátira que o mal pode estar em qualquer lugar e não é a nossa crença que define o quão bom somos, mas o nosso caráter em sociedade.

Fotos: Bryan Aguillar
Beleza: Timeless Criatti Salon
Assessoria Márcia Dornelles Comunicação

 

Márcia Dornelles

Márcia Dornelles, é ex atriz, editora de moda, assessora de imprensa e jornalista. A incursão no mundo artístico aconteceu por acaso, com um convite para ser modelo, na década de 80, foi capa de várias revistas inclusive da Playboy, e dai foi uma ponte para a TV, quando ocupou por longo período a bancada do júri do Chacrinha, na TV Globo, viajou pelo mundo modelando, atuou em teatro, cinema e novelas como “Brasileiras e Brasileiros”, no SBT, em “Colônia Cecília” na Band e em “Perigosas Peruas” da TV Globo. Graduada em marketing, inaugurou sua própria produtora a MD Produções, em 1994, que hoje se tornou a Márcia Dornelles Comunicação, onde atua produzindo projetos artísticos e prestando serviços como assessoria de imprensa, produção de moda e produção de conteúdo. Além de ter um casting fixo de clientes em assessoria de imprensa, Márcia é diretora executiva da Revista Mensch, onde é responsável pela realização de ensaios de capa da publicação.

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