O muralista mexicano e recordista do Guinness Ernesto Ríos Rocha, reconhecido por seu trabalho artístico e sua recente nomeação como Ícone do Muralismo pela ONU, oferecerá uma conferência intitulada “Paz através da Arte” na Universidade Autônoma de Santo Domingo (UASD), em República Dominicana, no próximo dia 27 de novembro.
Este evento faz parte do XXVIII Congresso de Imprensa Hispano-Americana, que acontecerá de 27 a 30 de novembro, e busca abordar questões de paz, violência contemporânea e outros temas de interesse universal.
A importância de falar de paz no contexto atual
Segundo estatísticas da ONU, em 2022, mais de 300 mil pessoas perderam a vida devido à violência relacionada ao tráfico de drogas na América Latina. Ríos Rocha expressou a sua preocupação com a situação de conflito no México, e especificamente na sua terra natal, Sinaloa, onde o estigma da violência e do “orgulho do narcotráfico” permeou a cultura popular. Em seu discurso, afirmou que “o ser humano tem dois “controles” ou formas de domínio; um externo para controlar fatores exógenos e outro interno para controlar o nosso ser.” Este foco na dualidade do controle interno e externo será o tema central de sua palestra.
Paz como uma necessidade global
Ernesto Ríos, que tem sido um fervoroso defensor da paz através da arte, lembra-nos que a transformação social começa de dentro. “Quem não tem paz não pode exemplificar a paz para a sociedade”, afirma. Sua abordagem destaca a importância da educação e da introspecção como ferramentas para superar a violência.
Através da arte, Ernesto Ríos Rocha procura não só embelezar os espaços, mas também inspirar as comunidades a refletirem sobre o seu papel na construção de um ambiente pacífico. Foto de 2019 em Pitalito – Colômbia.
Ríos Rocha também destaca que “a raiva e o egoísmo são as principais ferramentas da guerra” e afirma que “o melhor guerreiro não é aquele que vence a guerra, mas aquele que evita a guerra”. Esta perspectiva propõe uma mudança de paradigma na forma como abordamos o conflito e o ensino. Em vez de perpetuar a violência, defenda uma luta educativa que promova a paz.
A arte como agente de mudança
O muralismo provou ser uma forma poderosa de comunicação que transcende fronteiras. Ríos Rocha utiliza sua arte para contar histórias e provocar reflexões profundas sobre a condição humana. No contexto do XXVIII Congresso de Imprensa Hispano-Americana, a sua participação é essencial para tornar visível o poder da arte na busca de soluções pacíficas.Os desafios que a nossa sociedade enfrenta são complexos, mas a arte pode ser uma forma de explorar e expressar as nossas emoções, bem como de fomentar a empatia. Os murais de Ríos Rocha não só adornam as paredes, como também funcionam como catalisadores do diálogo sobre questões importantes como a paz e a justiça social.
A conferência de Ernesto Ríos Rocha é um convite a olhar para dentro e questionar as nossas próprias percepções sobre a paz. Num mundo onde a violência parece ser a norma, a mensagem do muralista mexicano ressoa com um eco urgente. “No final, eles não encontrarão a paz até que olhem para dentro de si”, afirma o artista.
Eventos como o XXVIII Congresso de Imprensa Hispano-Americana, liderado por figuras de autoridade moral e política como o Doutor Amín Cruz, são cruciais para promover o diálogo sobre questões essenciais. A paz não deve ser vista apenas como uma aspiração; É uma responsabilidade partilhada que começa com cada um de nós. Além disso, a arte desempenha um papel fundamental neste processo, pois tem o poder de sensibilizar as almas e desarmar os corações, criando um ambiente propício à compreensão e à harmonia.
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