Claudia Campolina

Claudia Campolina

Claudia Campolina sempre teve adoração pelos palcos e ama expressar-se  através dos vários tipos de arte. Interpreta no cinema sua primeira protagonista no longa “A Pedra da Serpente”, com estreia prevista pra fevereiro de 2019. Mineira movida a poesia, acredita que através dela é possível criar um mundo de sensações e possibilidades com poucas palavras. Confira nosso bate-papo bem humorado e cheio de energia positiva. Energia essa, presente em cada palavra da atriz.

SNJ: Claudia, Você sempre quis ser atriz ou chegou a cogitar outra possibilidade?
Claudia: Acho que lá no fundo eu sempre soube que era atriz! Eu era daquelas crianças que adoram um palco. Minha mãe costuma dizer: não dá um púlpito pra essa menina que ela sobe e faz um discurso na hora! Ela também dizia que eu era super dramática. Durante a adolescência e juventude eu oscilei bastante. Pensei em ser escritora, modelo, em trabalhar com moda, história, até em biologia marinha pensei. Acabei caindo na faculdade de Direito! Na época eu não achava possível uma formação em artes cênicas, como se isso não fosse profissão!
Esses PRÉconceitos que a gente nem percebe que tem. E o Direito, pra mim, era uma espécie de lugar de show, olha que loucura. Eu sempre gostei muito de argumentação e assistia muito filmes americanos de tribunal, então imaginei que o tribunal seria meu palco. Coisa de menina. Quando vi que meu negócio era atuar, não pensei nem duas vezes, fui atrás de formação na área.

SNJ: Em fevereiro estreia “A Pedra e a Serpente”. Conte-nos um pouco sobre o filme.
Claudia: O filme conta a história da Joana (minha personagem). Ela perdeu um bebê na fase final da gestação. Por conta do estresse e do abalo emocional, Joana se vê obrigada a tirar uns dias de férias e escolhe como destino a cidade de Peruíbe (praia que frequentava quando criança e que é conhecida por aparições de discos voadores). Depois de uma noite de sexo com um desconhecido, um homem some na cidade. Joana, então, conhece a mulher do homem desaparecido, ao mesmo tempo que se envolve numa suposta trama de abdução alienígena.

É muita pretensão da humanidade acreditar que no meio de bilhões de planetas, muitos com condições favoráveis à vida, nós humanos, seres tão imperfeitos, somos os únicos habitantes do único planeta com vida inteligentes do universo.

SNJ: Como se deu o processo de construção da Joana?
Claudia: O processo de construção da personagem foi o maior desafio da minha carreira. Isso porque entre ser convidada pelo diretor Fernando Sanches para protagonizar o filme e a primeira diária de filmagem, não passou nem um mês. Ele me enviou o roteiro, tivemos dois ou três encontros para discutir a personagem, ensaiar e pronto. Durante os dias que antecederam a filmagem, eu assisti muitos filmes de protagonismo feminino, filmes que o diretor havia me indicado e outros com personagens que passaram por traumas. A Joana perdeu um bebê aos 7 meses de gestação, seu sonho é ser mãe. A possibilidade de não realizar esse sonho a deixou emocionalmente muito abalada. Eu assisti vários depoimentos de pessoas que tiveram depressão na internet e tentei entender como essa doença se manifesta de formas diferentes em cada pessoa. Eu também passava os dias falando meus textos em voz alta e tentando encontrar o tom da personagem. Meu marido que sofreu… tinha que me dar réplicas, assistir minhas improvisações. Acredito que a Joana mesmo, nasceu durante as filmagens, foi um processo muito intenso. A importância da personagem na minha carreira, a vontade de fazê-la existir fora do papel e a pressão do tempo, (o filme tinha que ser filmado em uma semana) fizeram com que eu encontrasse Joana de uma maneira muito viva e espontânea. Não dava pra ficar racionalizando demais, eu tinha que estar atenta, disponível.

SNJ: O filme aborda Ufologia. Qual é a sua opinião acerca da existência de vida extraterrestre?

Claudia: Eu acredito piamente na existência de vida extraterrestre. Já é até clichê falar isso, mas é muita pretensão da humanidade acreditar que no meio de bilhões de planetas, muitos com condições favoráveis à vida, nós humanos, seres tão imperfeitos, somos os únicos habitantes do único planeta com vida inteligentes do universo.

Ao mesmo tempo que temos acesso à milhares de informações a um clique de distância, somos constantemente bombardeados com muita desinformação. É difícil saber o que é real e o que é distorção, o que é filosofia e o que é dogma, o que é ciência e o que é crença, o que é opinião e o que é verdade.

SNJ: Como foi a experiência de atuar na novela Insensato Coração?
Claudia: Eu tinha acabado de me formar quando fiz a participação na novela. Na verdade, o produtor de elenco, André Reis, me convidou pra fazer um teste para um papel fixo na novela. Acabei não ficando com o papel, mas ele havia gostado do meu trabalho. Disse que seria uma novela com algumas participações bacanas e que me chamaria. Acabou rolando mesmo. Na época, eu estava passando uma temporada no Rio. Lembro de estar na praia quando ele me ligou, eu parecia uma doida pulando de alegria. Foi muito bacana porque foi umas das primeiras oportunidades que tive, e pra mim soou como: continue, estude, trabalhe e mantenha o foco que as coisas vão dar certo. Fora que eu contracenei com o Lázaro Ramos. Eu já era fã dele e fiquei ainda mais depois da novela. Ele foi muito generoso comigo.

SNJ: Você é muito ligada à natureza?
Claudia: Eu sou bastante ligada à natureza, mas menos do que gostaria! Eu vivo em São Paulo e acabo tendo uma vida basicamente urbana. Tenho muitas plantas em casa pra compensar e, quando posso, vou pra praia. Tenho uma relação muito forte com o mar, quase como se fosse meu confidente. Acredito que hoje em dia, com tanta tecnologia e coisas que nos deixam acomodados, com tantas coisas artificiais que nos cercam, acabamos nos desconectando da natureza e a enxergando como uma coisa separadas de nós. Cada vez que tentamos fazer essa separação, mais nos afastamos do que somos. Acredito que tudo é uma coisa só. Uma coisa quase espinosana, sabe? Tudo é Deus, somos modos de ser de Deus. Se nos esquecemos disso, temos uma vida pior, repleta de maus encontros.

Transferiram para nossa classe, a culpa por mazelas de gente poderosa. Pegaram a lei Rouanet, por exemplo, e a usaram de desculpa pra qualquer coisa que qualquer artista fale. Ninguém sequer conhece a lei. Artistas que se posicionam politicamente, como qualquer ser humano, automaticamente viraram criminosos.

SNJ: Como você enxerga o papel social e político da arte nos dias atuais?
Claudia: A arte é sempre política e social! Querer dissociar essas coisas da arte é uma loucura contemporânea. Claro que podemos dizer que também há o entretenimento, mas mesmo nele há política. Tudo é política. Viver em sociedade é um ato político. É maluco porque estamos vivendo um momento de muita confusão. Ao mesmo tempo que temos acesso à milhares de informações a um clique de distância, somos constantemente bombardeados com muita desinformação. É difícil saber o que é real e o que é distorção, o que é filosofia e o que é dogma, o que é ciência e o que é crença, o que é opinião e o que é verdade. Tenho visto no Brasil, algumas pessoas atacando a arte política, por exemplo, ou a arte de artistas que se posicionam politicamente. Querendo colocar limites para arte, dizendo que qualquer manifestação artística que tem uma questão ideológica (tudo tem ideologia) não pode ser arte. Estão dizendo que se fulano defender tal modo de ver o mundo, todo seu trabalho artístico deve ser descaracterizado. Entretanto, na realidade, ao dizerem isso, estão fazendo justamente aquilo que atacam. A função dessas pessoas é negar a ideologia do outro, enquanto tentam colocar sua ideologia no lugar. Uma hipocrisia. Temos que tomar muito cuidado com esses discursos porque isso demoniza toda uma classe. E cá entre nós, de que serve a arte se não for pra colocar o dedo na ferida? Se não for pra fazer pensar, se não for pra incomodar, se não for pra questionar o status quo? De que serve a arte se não for pra nos tocar? De que serve a arte se não for pra fazer o outro sentir? Mesmo que seja raiva. A arte não existe pra deixar as pessoas acomodadas.

A arte e a cultura são das coisas mais importantes para um país, inclusive economicamente. A arte é uma ferramenta de transformação do mundo, é uma das responsáveis pela nossa catarse, é a porta voz dos nossos desejos e medos, é o reflexo da nossa beleza e da nossa imensa capacidade criativa.

SNJ: Como avalia a necessidade da existência de um Ministério que represente a cultura?
Claudia: Essa é uma questão difícil de responder sem uma análise mais apurada do período que vivemos, sem tentar, antes, entender essa delicada fase, de tantas mudanças, com tantas minorias ganhando voz. É natural que hajam forças contrárias, é natural que apareçam pessoas com medo da mudança ou com medo de perder privilégios. É até compreensível o pânico de muitos, já que o mundo não está funcionando como estavam acostumados. Se somarmos isso aos escândalos de corrupção dos últimos anos e à polarização política, que ultrapassou às ruas e chegou dentro das nossas famílias, fica ainda pior. Visões super maniqueístas estão cada vez mais fortes. Aquilo que eu gosto e acredito é bom e, portanto, correto, e o que eu não gosto e não acredito é mau e, portanto, errado, impossibilitando o diálogo. No meio dessa confusão, cresceu um discurso raso e injusto de que artistas, seres já marginalizados, são bandidos, vagabundos, mamadores das tetas do governo.
Transferiram para nossa classe, a culpa por mazelas de gente poderosa. Pegaram a lei Rouanet, por exemplo, e a usaram de desculpa pra qualquer coisa que qualquer artista fale. Ninguém sequer conhece a lei. Artistas que se posicionam politicamente, como qualquer ser humano, automaticamente viraram criminosos. Quantos artistas estão de fato envolvidos em esquemas de corrupção? Quantos estão presos? Sendo investigados? Esse discurso contra a classe artística é basicamente delirante. Me deixa revoltada, preciso admitir, mas também me deixa muito triste.
“O Pedra da Serpente” serve de exemplo porque foi um filme feito com pouquíssimo dinheiro, o diretor colocou grana do próprio bolso, um monte de profissional trabalhou de graça, o elenco também. E tudo isso por amor, por vontade de contar uma história. Eu não estou dizendo que todo artista é santo, que não existam problemas no incentivo à cultura, não estou dando carta branca pra ninguém, mas sim que o discurso que inflamou grande parcela da população contra os artistas é terrível, é uma bela cortina de fumaça!

A arte e a cultura são das coisas mais importantes para um país, inclusive economicamente. A arte é uma ferramenta de transformação do mundo, é uma das responsáveis pela nossa catarse, é a porta voz dos nossos desejos e medos, é o reflexo da nossa beleza e da nossa imensa capacidade criativa. Portanto, não posso me opor a existência de um Ministério da Cultura. Não como a necessidade de um ministério em si, mas consciente de que precisamos de um espaço com liberdade e autonomia, um espaço onde a cultura tenha voz e não fique subjugada à alguém que sequer a trate como prioridade ou tenha capacidade de geri-la. Eu não posso, como artista, sabendo que temos um governo que menospreza grande parte da classe artística, simplesmente por ser crítica à ele, acreditar que perder o Ministério e deixar a cultura sob responsabilidade de alguém que não se importa de fato com ela, seja algo bom.

SNJ: Quais são suas principais lembranças de BH?
Claudia: Minhas lembranças de BH são muitas! O clima, as tardes de botecos com as amigas (não tem boteco igual ao mineiro no mundo), as cachoeiras vizinhas, o sotaque, a comida, a família. Ah, os mineiros, né? Tem gente mais engraçada e hospitaleira? Eu vivi lá até os 24 anos, quase todas minhas relações mais sólidas são de lá. Beagá é grande parte de quem eu sou.

SNJ: O que a deixa verdadeiramente emocionada?
Claudia: Sinceramente? Quase tudo! Eu sou uma manteiga derretida! Se alguém chorar do meu lado, eu começo a chorar junto. Eu choro até em programa de auditório… Quando eu era mais nova eu fazia uma força danada pra não chorar. Chorava com coisas do mundo, mas quando era particular eu segurava, achando que assim me mostraria dura! Detestava pensar que podiam estar com pena de mim. Depois de entrar pro teatro, precisando lidar com as emoções da maneira mais genuína possível, tive que deixar isso de lado! No começo demorou, mas depois foi uma libertação! Hoje, se me vem a emoção, eu choro na hora, Bem maluca… hahahaha

 Eu gosto de ler poesia, de pensar o mundo pela poesia, de criar pela poesia e acho incrível o poder da poesia. Você consegue criar um mundo de sensações e possibilidades com poucas palavras. Às vezes ela é uma afago, às vezes um soco no estômago, às vezes uma declaração de amor, às vezes uma saudade, às vezes o sagrado, às vezes o mundano, às vezes abre uma janela, às vezes, o coração.

SNJ: Você acredita em destino?
Claudia: Não sei! Às vezes acredito, às vezes não. Eu sou apaixonada por filosofia e há algumas discussões acerca desse tema na filosofia, ou de coisas que o cercam que acho super interessantes. Por exemplo: existe livre arbítrio ou na verdade tudo que fizemos estava programado? Como se fôssemos levados a crer que fazemos escolhas quando na verdade não poderíamos escolher de outra maneira? Acho plausível pensar nisso… Mas não vou me alongar demais, poderia ser uma entrevista só desse tema e eu já falo demais… hahaha.
Resumindo, como eu oscilo nessa questão, tento levar a minha vida pensando que eu não consigo controlar muita coisa, independentemente de eu chamar isso de destino ou não, então tenho que viver da melhor maneira possível sabendo que há coisas que estão fora da minha alçada. Por outro lado, algumas consequências e coisas que acontecem na minha vida são frutos das minhas escolhas, independentemente de talvez haver, lá na verdade da vida, a impossibilidade de ter escolhido diferente.

SNJ: O que gostaria de fazer como atriz que ainda não fez?
Claudia: Eu gostaria de fazer uma grande vilã ou alguma personagem de peças gregas! Uma Medeia ou Cassandra ou Antígona não cairiam nada mal! Sou apaixonada pela Blanche de Um Bonde Chamado Desejo. Tenho muita vontade de fazer uma serial killer também, a gente vê poucas personagens femininas que são psicopatas ou assassinas em série! Adoro o papel da Vera Farmiga em Bates Motel! E às vezes, também penso que amaria ser Estragon ou Vladimir da peça Esperando o Godot! A Cassilda Becker fez o Estragon no teatro, contrariando o fato de ser um personagem masculino! Acho maravilhoso quebrar paradigmas na arte.

SNJ: Qual é a importância da poesia em sua vida?
Claudia: A poesia é o que me move. A minha primeira manifestação, sempre que tenho um impulso criativo ou uma inspiração, é poética. É uma linguagem que me atravessa. Eu gosto de ler poesia, de pensar o mundo pela poesia, de criar pela poesia e acho incrível o poder da poesia. Você consegue criar um mundo de sensações e possibilidades com poucas palavras. Às vezes ela é um afago, às vezes um soco no estômago, às vezes uma declaração de amor, às vezes uma saudade, às vezes o sagrado, às vezes o mundano, às vezes abre uma janela, às vezes, o coração.

Eu acredito que a religião é uma forma de pensar o mundo, de lidar com o mundo, é uma forma de conhecimento.

SNJ: Quais são os cuidados que costuma ter com a saúde, o corpo e a mente?
Claudia: Eu sou bastante vaidosa, mas também sou muito preocupada com o meu amadurecimento intelectual. Cuido da saúde tentando me alimentar bem e tomando muita água, anualmente, também faço um check-up com a minha médica. Faço atividades físicas todos os dias. Desde o ano passado tenho treinado em casa. Assisto aulas de hit e faço musculação com pouco peso, mas bem concentrada. Tenho obsessão por produtos de pele, embora eu tenha rosácea e a pele do rosto muito sensível. Não posso usar tudo que gostaria, mas sempre lavo bem o rosto, passo tônico ou água termal, vitamina c, hidratante leve e protetor. Eu leio bastante, ainda menos do que eu deveria. Também estudo filosofia e assisto muito cinema.

SNJ: Considera-se uma pessoa religiosa?
Claudia: Eu não sou nada religiosa. Fui criada numa família católica e estudei a vida inteira numa escola de Freiras. A religião sempre esteve muito presente na minha vida. Acho fascinante. Reli a Bíblia há pouco tempo, por exemplo. Eu acredito que a religião é uma forma de pensar o mundo, de lidar com o mundo, é uma forma de conhecimento! Tem que ter muito cuidado hoje em dia, por conta da polarização que falei anteriormente, é muito comum as pessoas ou demonizarem qualquer pensamento religioso ou se comportarem como fanáticas portadoras da única verdade sobre a vida. E não é lá, nem cá. Da mesma maneira que eu acredito que devemos saber das ciências, devemos saber da religião, da filosofia, das artes, dos pensamentos populares… Na minha vida não sou religiosa, principalmente porque meu pensamento e crença são uma somatória de coisas muito pessoais, que não se correlacionam com uma religião apenas. Eu acredito em alguma força superior, acredito no desapego material, na conexão com a natureza, na nossa capacidade intuitiva e acredito em muitos valores cristãos.

SNJ: Uma mania
Claudia: Duas que me atrapalham, espremer qualquer coisa que aparece na minha pele e jogar Candy Crush sempre que estou com preguiça de começar a fazer algo ou quando não quero pensar em nada.

SNJ: Uma viagem inesquecível
Claudia: Muitas, mas acho que a mais especial foi Paris. Eu era louca pra conhecer Paris, tinha muitas expectativas.  Nenhuma delas foi frustrada. Eu tenho uma conexão muito forte com o Rio de Janeiro, desde a primeira vez que coloquei os pés lá. Acho que tem cidades que fazem isso com a gente. Senti a mesma coisa em Paris, um apego instantâneo.

SNJ: Uma frase
Claudia: “Seja a mudança que você quer ver no mundo” Gandhi. Tenho essa frase tatuada no meu antebraço.

 SNJ: Um lugar
Claudia: Será sempre uma praia. Se puder ser uma do Nordeste ou o Rio de Janeiro, um tanto melhor.

SNJ: Um livro
Claudia: São muitos. Vou citar alguns tentando ser um apanhado das minhas preferências. Pode ser? A metamorfose, do Kafka; O grande inquisidor, do Dostoiévski (Irmãos Karamázov); Fahrenheit 451, do Ray Bradbury; A amiga genial, da Elena Ferrante; O filho de mil homens, do Valter Hugo Mãe; A paixão segundo G.H, da Clarice Lispector; O alienista, de Machado de Assis.

SNJ: Um Poeta
Claudia: Hilda Hist, Paulo Leminski, Ferreira Goulart, Mário Quintana, Millôr, Elizabeth Bishop, Fernando Pessoa, são muitos…

SNJ: Peças de teatro preferidas

Claudia: Seis personagens à procura de um autor, Pirandello; Um bonde chamado desejo, Tennessee Williams; Entre quatro paredes, Sartre; Esperando Godot, Beckett; Hamlet, Shakespeare; Medeia, Euripedes.

SNJ: Um filme
Claudia: Também não consigo citar um. Então: Laranja Mecânica, Kubrick; Blow Up, Antonioni; O sacrifício, Tarkovski; Asas do desejo, Wim Wenders; Persona, Bergman; Carne Trêmula, Almodóvar; Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen; Pulp Fiction, Tarantino; O beijo da mulher aranha, Héctor Babanco; São Bernardo, Leon Hirszman.

SNJ: Uma música
Claudia: Bossa nova, samba e Caetano Veloso (no momento estou viciada no disco Transa que ele gravou quando ficou exilado em Londres).

SNJ: Um sonho
Claudia: A paz do mundo! Bem desejo de miss. Uma brincadeira, mas é sério… risos. No mais, quero poder viver da minha arte, sem demagogia! O que mais quero é trabalhar. E desejo muito que o Brasil melhore, que realmente façamos algo pela diminuição da desigualdade social, sem esquecer que, precisamos sim, gerar mais riqueza!

SNJ: Quais são os seus planos para 2019?
Claudia: Eu estou escrevendo um curta há um tempinho, pretendo terminar e conseguir rodar em 2019! Além disso tenho uns projetos de cinema, coisas embrionárias ainda. Tenho outro projeto com o diretor Fernando Sanches, um thriller movie com elenco todo feminino. Além disso, dois outros longas que rodei devem ser lançados em 2019. Eu também pretendo continuar escrevendo poesia, coisa que amo e quero retornar à faculdade de filosofia que esteve trancada em 2018! Acho que um artista deve se desenvolver em muitas áreas, deve estudar muito! A filosofia me ajudou muito, um mundo novo se abriu! Eu também pinto, sou muito amadora, mas amo me expressar através de todas as artes, então canto, dou uma micro arranhada no violão e por aí vai! Quero me expressar cada vez mais… Em 2019 não será diferente.

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

1 Comment

  1. Avatar
    Biah Ramos
    19 de fevereiro de 2019 at 10:08 Reply

    Lindaaa, merece todo sucesso do mundo!!

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