Cat Dantas vai viver reviravolta em “Os Emergentes”

Cat Dantas vai viver reviravolta em “Os Emergentes”

Versátil, intensa e cheia de personalidade, Cat Dantas é uma daquelas atrizes que mergulham completamente em seus personagens. Depois de viver protagonistas marcantes no teatro e no cinema, além de conquistar reconhecimento internacional, ela agora encara um novo desafio: dar vida à carismática e impulsiva Jessica Kayane em Os Emergentes, filme que promete muita comédia, crítica social e reviravoltas surpreendentes.

Na trama, Jessica é uma jovem acostumada ao luxo e à influência, mas que, de repente, se vê forçada a encarar a vida sob uma nova perspectiva. Para construir essa personagem cheia de nuances, Cat mergulhou em um processo criativo único, incluindo um diário da personagem e uma série de elementos que ajudam a dar autenticidade à sua interpretação.

Em entrevista exclusiva ao site Nossa Janela, a atriz fala sobre sua preparação para o papel, a experiência de trabalhar ao lado de um elenco estelar e sua empolgação com o projeto. Além disso, ela relembra momentos marcantes de sua carreira, desde seus primeiros passos na atuação até os desafios de interpretar personagens tão distintos. Uma coisa é certa: Cat Dantas está pronta para brilhar mais uma vez!

Foto: Lorhan Toledo

 

  1. Você está atuando ao lado de um elenco estelar em Os Emergentes. Qual sua expectativa?

Eu tô TÃO animada! Além de a história ser uma grande e genial ironia, este elenco está repleto de amigos meus de longa data… Nada melhor do que trabalhar com amigos, com a família.

  1. Conte um pouco sobre sua personagem em Os Emergentes.

Jessica Kayane é uma menina fora da caixinha. Ela é impulsiva, faz acontecer e sente tudo intensamente! Muito amor, mas também muito ódio. Vive a vida com intensidade e é super estilosa… Bom, ela tenta ser estilosa, mas é meio doidinha com isso. É uma menina de personalidade com “P” maiúsculo. Muito jovem, conseguiu conquistar bens para a empresa da família com seu trabalho de influenciadora. Sempre conquistou as pessoas com seus parafusos a menos, sua falta de vergonha e sua audácia.

  1. O que você  tem feito como preparação para o filme?

Estou escrevendo o Diário de Jessica Kayane, onde ela registra como se sente em cada situação do roteiro, para que eu possa ter uma compreensão mais profunda do texto. Além disso, trabalho muito com o figurino na construção da personagem. Adicionei alguns elementos importantes, como uma Polaroide, uma Cybershot, uma pulseira de miçanga que ela dá para as pessoas como demonstração de afeto e, claro, um Labubu rosinha chamado Jessiquinha (um chaveirinho de pelúcia que ela está sempre carregando).

 

  1. Em Os Barbosa, você teve o desafio de interpretar gêmeas antagonistas principais. Como foi o processo de construir personalidades distintas para Vivi e Viví sem perder a conexão entre elas?

Foi um trabalho intuitivo. Eu fazia playlists para cada personagem, improvisava as mesmas cenas invertendo os papéis… Além disso, escrevia diários para cada uma, onde mostrava suas perspectivas e estilos de linguagem. Isso ajudou a moldar a personalidade e os trejeitos de cada uma, ao mesmo tempo em que mantinha a conexão entre elas. Ok, parecia loucura, e realmente era, mas funcionou tanto para mim! Eu tenho uns métodos estranhos às vezes.

  1. Você recebeu o prêmio de Melhor Atriz no PRÊMIO MG TALENTOS NEW YORK 2019 por sua atuação em Gata Garota. O que esse reconhecimento representou para você e como impactou sua carreira?

Foi meu primeiro prêmio como atriz, e ainda por cima internacional… Como alguém que não tem ninguém na família nesse meio e seguiu tudo intuitivamente, isso foi uma comprovação para mim. As lágrimas caíram sobre meu rosto. Fiquei feliz de saber que eu realmente era boa em alguma coisa.

  1. No teatro, você estreou como Riley em Inside Out, Alice em Alice Wars e Anna em Congelados, todas em 2024. Como foi lidar com tantas protagonistas em um curto espaço de tempo?

Nossa, loucura! Nem te conto. Nem sei como lidei. Também fiz quatro filmes nessa mesma época, tudo no fim do ano… Junto com isso, as provas finais da escola e o vestibular. Como eu lidei com isso? Eu não lidei!! Não sei nem dizer. E do jeito que sou, completamente pisciana, avoada, desorganizada, louca… Nem lembro mais o que aconteceu, de tanta doideira que foi. Mas eu amei!

  1. Você já participou de produções internacionais, como Mister Maker Around The World, pela BBC. Como foi essa experiência e o que você trouxe dela para sua atuação no Brasil?

Foi meu primeiro trabalho como atriz no geral. Lembro de chorar na frente da produção, implorando para fazer o teste… Eu tinha apenas oito anos, e o requisito mínimo era dez. Mas lá estava eu, com uma cartolina, pedindo para fazer o teste. Então fiz… e passei! Nunca vibrei tanto. Eu amo atuar em inglês. Estudei no Lee Strasberg por anos, e também no NYFA e na UCLA. Tento aplicar um pouco de tudo no Brasil.

Foto: Lorhan Toledo

  1. Qual personagem foi mais transformador para você até agora? E existe algum papel que você ainda sonha em interpretar?

Ida. Ida foi a menina autista que interpretei no longa Nunca Te Prometi Um Mar de Rosas, que ainda estamos gravando! Uma menina complicada, intuitiva e sensível. Linda. Tão linda. Me sentia em um constante estado de meditação. Eu nem pensava mais… Eu havia virado Ida. Lembro que eu fazia os tiques até fora da personagem…

 

Durante a filmagem, eu – como Ida – comecei a fazer um joinha para demonstrar satisfação em quase toda cena significativa. Depois, conheci um menino autista, fã do projeto, e quando ele veio demonstrar sua satisfação, ele fez um joinha para mim. Ali, a mãe dele me contou que era o jeito dele expressar gratidão. Eu chorei. Mesmo sem perceber, no subconsciente, Ida havia me ensinado tanto sobre o autismo… E isso foi mais do que qualquer prêmio poderia ser. Ver semelhanças entre a realidade e o audiovisual encheu meu coração de atriz

Márcia Dornelles

Márcia Dornelles, é ex atriz, editora de moda, assessora de imprensa e jornalista. A incursão no mundo artístico aconteceu por acaso, com um convite para ser modelo, na década de 80, foi capa de várias revistas inclusive da Playboy, e dai foi uma ponte para a TV, quando ocupou por longo período a bancada do júri do Chacrinha, na TV Globo, viajou pelo mundo modelando, atuou em teatro, cinema e novelas como “Brasileiras e Brasileiros”, no SBT, em “Colônia Cecília” na Band e em “Perigosas Peruas” da TV Globo. Graduada em marketing, inaugurou sua própria produtora a MD Produções, em 1994, que hoje se tornou a Márcia Dornelles Comunicação, onde atua produzindo projetos artísticos e prestando serviços como assessoria de imprensa, produção de moda e produção de conteúdo. Além de ter um casting fixo de clientes em assessoria de imprensa, Márcia é diretora executiva da Revista Mensch, onde é responsável pela realização de ensaios de capa da publicação.

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