“Me deixa ser teu escracho
Capacho, teu cacho
Um riacho de amor
Quando é lição de esculacho
Olha aí, sai de baixo
Eu sou professor…”
“E aí, preparados para uma noite cheia de maldades?”
Confesso que estava totalmente ansiosa para saber exatamente do que se trata o espetáculo.Tive receio de ser algo pesado. Mas ao ver o tão elegante Érico Brás fazer essa pergunta de fraque completo, bengala e cartola, dando as boas vindas ao público de uma forma totalmente bem humorada, já deu pra perceber que a noite seria leve, musical e super divertida.
“Bem- vindos a falta de dinheiro
Bem-vindos a entrada social
Bem-vindos a procura de emprego
Bem-vindos as fofocas de jornal
Bem-vindos às noitadas da cantina
Bem-vindos as roupas de aluguel
Bem-vindos a crítica ferina
Bem-vindos a fila do pinel”
Idealizada e produzida por Rodrigo Velloni, com texto de Maurício Guilherme e direção de Victor Garcia Peralta, responsável por grandes sucessos como “Quem tem Medo de Vírgínia Woolf, Sexo Drogas e Rock n’roll (clique AQUI e veja) e tantos outros, Noite Infeliz – A Comédia Musical das Maldades – conta com elenco formado por cinco excelentes comediantes: Maria Bia, Érico Brás, Mariana Santos, Rodrigo Fagundes e Françoise Forton, como atriz convidada.
A história se desenrola com a apresentação da saga de um brasileiro, antigo produtor de espetáculos de variedades e sua tentativa de transpor as barreiras burocráticas de uma misteriosa coorporação. Com 15 quadros, as fases são trazidas ao palco baseadas nas lembranças deste personagem central, que também é o narrador da história. São encenados diversos momentos, da infância à maturidade.
Apesar da influência do gênero de revistas musicais, o espetáculo utiliza teatro de variedades de forma moderna e prende a atenção do início ao fim. Trata-se de uma sátira às maldades humanas muito criativa, inteligente e musical .
“Pois faça que eu faço ainda mais
Pois saia que eu saio ainda mais
Pois traia que eu traio ainda mais
Você não sabe que eu sou capaz
De te deixar agora
Te mandar embora
E morrer de amor…”
Através dos figurinos, objetos de cena e direção de arte, conclui-se que a história é vivida entre as décadas de 40 e 50. Contudo, é totalmente atemporal e são sinalizadas inúmeras situações do cotidiano, mostrando de forma bem humorada, exatamente o que somos obrigados a enfrentar nos dias atuais.
Apesar do bom humor, a montagem aborda ainda, temas sérios como traição, o preconceito, a adoção e a pedofilia. As cenas são apresentadas através dos diversos gêneros da comédia: A alta comédia, a comédia popular, a comédia nonsense, a chanchada, a comédia de costumes e etc.
A qualidade musical é um capítulo à parte! Os cinco atores são também cantores e dão verdadeiros shows ao vivo através das intervenções musicais e dos oito números coreografados que vão desde o Jazz até as marchinhas de carnaval. A música na peça é utilizada como forma de conectar as cenas e também como ferramenta de reforço entre a estética e linguagem da comédia e teatro de revista.
“O professor de piano chegava e começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa e solfejava assim:
Ai, ai, ai Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a mão daí Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé , mi, fá, mi, ré
E a agora o sol, fá pra lição acabar”
“Dirigir o Noite Infeliz foi uma experiência ótima porque contei com um elenco fantástico. Foi muito boa a parceria com o elenco, figurino, cenário, vídeo, direção musical, coreógrafa e produção. Foi um processo curto de 5 semanas, porém muito criativo” (Victor Garcia Peralta)
“A produção tem uma competência enorme e isso contou muito pra mim, na pessoa do Rodrigo Velloni que é o produtor. O elenco é maravilhoso, além da direção de Victor Garcia Peralta que é um grande amigo, um cara que confio e acho um grande diretor. Eu faço um personagem que tenta de tudo pra se dar bem. A gente tá muito feliz em fazer o espetáculo e o público percebe isso. Ele consegue se divertir em ver a gente se divertindo” (Érico Brás)
“ A criação do projeto se deu mais pela tentativa de reinventar todos esses gêneros para plateias contemporâneas. Em outras palavras, a ideia é criar uma revista moderna, um teatro de variedades atual. Um que fotografe, mais do que a sua época, como era comum em tempos antigos, a alma humana” (Rodrigo Velloni)
Confira galeria:
- Cena do espetáculo
- Foto divulgação de “Noite Infeliz”
- Cena “Noite Infeliz”
- Teatro
- Rodrigo Fagundes e Mariana Santos
- Maria Bia
- Françoise Forton e Luciana Leal
- elenco reunido
- Rodrigo Fagundes e Érico Brás
Se você mora no Rio de Janeiro, corra! São as últimas semanas no Teatro dos 4. Se mora em São Paulo, comemore! Dia 3 de abril, está agendada a estreia no Teatro Sérgio Cardoso. Imperdível!
Foi uma noite linda que de “Infeliz” só teve a participação desta palavra do título da peça. Aplausos para todos os envolvidos!
Ficha técnica:
Fotos do espetáculo: Priscila Prade
Texto: Mauricio Guilherme
Direção: Victor Garcia Peralta
Produção: Rodrigo Velloni
Elenco: Érico Brás, Mariana Santos, Rodrigo Fagundes, Maria Bia. Atriz Convidada: Françoise Forton
Roteiro Musical e Versões: Maurício Guilherme
Codiretor: Alcemar Vieira
Iluminação: Maneco Quinderé
Direção Musical e Arranjos: Paula B. Leal
Cenografia:Cristina Novaes e Renata Pittigliani
Figurinos: Antônio Guedes
Videografismo: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Coreografias e Direção de Movimento: Sueli Guerra
Direção de Arte Gráfica: Giovani Tozi
Fotografia: Priscila Prade
Visagismo: Rodrigo Fuentes
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação
Administração Financeira: Vanessa Velloni
Produção Executiva: Giovani Tozi e Adriana Souza
Assistentes de Produção: Daise Sena
Administração Temporada: Junior Godim
Assessoria Jurídica: Martha Macruz de Sá
Realização: Velloni Produções Artísticas
Assistente de Iluminação: Russinho
Assistente de Coreografias e Direção de Movimento: Priscila Vidca
Assistente de Figurinos: João Gabriel Lamengo
Estagiária de Figurinos: Fabiana Mimura
Modelista: Railda Costa
Adereços: Vinicius Vaitsman
Assistente de Videografismo: Luciano Alves
Produção Musical: Amora Pêra
Músicos:
Piano : Marcio Castro
Acordeon : Rodrigo Ramalho
Sax Tenor : Daniel Vasques
Trombone : Thiago Osório
Baixo : Pedro Aune / Paula B. Leal
Bateria : Ajurinã Zwarg
Gravado por Igor Ferreira
Diretor de Palco: Junior Brasil
Operador de Som: Thiago da Silveira
Operador de Luz: Mario Júnior
Operador de Vídeo: Luciano Alves
Camareira: Dani Dutra
Contrarregra: Luciano da Luz
Cenotécnico: KF 20 Soluções Cenotécnicas
Costureira de Cenografia: Nice Tramontin














7 Comments
Rodrigo Velloni
23 de março de 2015 at 14:30Lindo texto, obrigado.
Claudio Rodrigues
23 de março de 2015 at 14:32Excelente texto. Irei assistir aqui em Sampa.
Dalia Leal
23 de março de 2015 at 18:43C certeza ainda irei conferir, pelo seu texto Luciana, dá p perceber q trata-se de excelente espetáculo!!!!
Rosilda
24 de março de 2015 at 20:53Por seu texto da para perceber q e um belíssimo espetáculo, Luciana Leal!
Pedro Valdez
25 de março de 2015 at 08:04Woww !!!! Que bonito !!!! Muchos éxitos y muchas felicidades, sería muy bueno ver esta clase de espectáculos en México … Un gran abrazo y muchas bendiciones !!!!
Thiago Bols
25 de março de 2015 at 08:05Parece ser uma delícia!!!
Mila Oliveira
26 de março de 2015 at 21:25Que hilário!