Patrícia França

Patrícia França

Apaixonada desde cedo pela arte de interpretar, ela já estreou na TV como protagonista da minissérie Tereza Batista, da Rede Globo. Nosso bate-papo de hoje é com a atriz Patrícia França, que está em cartaz no Theatro Net, em Copacabana, com o espetáculo “Ou Tudo ou Nada”. Confira a seguir:

 DMJ: Paty, Quando decidiu que queria ser atriz?

Patrícia: Aos nove anos já fazia teatro. Aos 14 estreei meu primeiro espetáculo profissional no Teatro de Santa Isabel, em Recife. Aos 15 ganhei meu primeiro prêmio, o  de melhor atriz de teatro infantil por esse trabalho. Sempre fiz teatro. Representar sempre fez parte da minha vida desde criança.

 DMJ: Você está em cartaz no Theatro Net Rio com o musical “Ou Tudo ou Nada”, ao lado de Sylvia Massari, Sergio Menezes e Mouhamed Harfouch, além de ser dirigida por Tadeu Aguiar. Conte-nos um pouco sobre a Vicki.

Patrícia: “Ou Tudo Ou Nada” aconteceu na minha vida como a realização de um sonho que já cultivo há algum tempo. A Vick tem sido, entre outras coisas, uma grande oportunidade de experimentar uma loucura que há muito tempo tenho guardado na minha caixinha de desejos. Pena que dura pouco. O maior prazer na arte de representar, ao meu ver, é surpreender e se surpreender. Foi assim com a Vick. Apesar de já saber que ela já existia num dos meus “compartimentos ” rsrs.

 DMJ:  Como está sendo ser dirigida pelo Tadeu Aguiar?

Patrícia: O Tadeu trata seu espetáculo como um filho que precisa ser cuidado, educado e sobretudo desafiado a todo momento. Ele é um “pai” atento e rigoroso, mas que não põe o “filho” numa redoma de vidro e desse modo, ao que me parece, o espetáculo está em constante evolução. Apesar de vigilante, deixa seus atores livres para experimentação. Para mim isso é um grande estímulo.

 DMJ: Como funciona a parceria em cena com o elenco?

Patrícia: No começo achei que poderia ser hostilizada porque não vim do mundo dos musicais e a maioria das pessoas não sabe que vim de teatro. Para minha surpresa, o elenco foi muito acolhedor e o que se deu, não só no que se refere a minha pessoa, mas no geral foi um clima de torcida mútua. Durante os ensaios a medida que cada um evoluía no seu trabalho, os outros aplaudiam. Esta foi, sem dúvida uma das experiências mais legais que já vivi numa convivência em grupo.

 DMJ:  O que você acha que o público vai levar desse espetáculo?

Patrícia: Acima de tudo uma mensagem de otimismo e muito bom humor em tempos de incertezas e tanta hostilidade. Uma ótica bem humorada sobre a atual crise.

 DMJ: Existe algum papel que você gostaria de interpretar?

Patrícia: Não sei. Já fiz Sheakspeare  e adoraria fazer alguma coisa dentro deste universo novamente.

 DMJ: Como foi estrear na TV em “Tereza Batista” já interpretando uma protagonista?

Patrícia: Senti o mesmo que senti quando comecei com os ensaios do “Ou Tudo Ou Nada”. Só que naquela época eu não tinha a experiência que tenho hoje.

 DMJ: Você está no ar com a reprise de “Prova de Amor”, grande sucesso da Record. Quais lembranças guarda da Diana?

Patrícia: Amei fazer a Diana. Adoro fazer cena de ação. A novela foi sucesso e é sempre bom estar num sucesso, como tem sido com a peça agora.

 DMJ: Como foi voltar a Globo depois de mais de 10 anos?

Patrícia: Tive a sorte de estar num projeto que deu super certo e com uma personagem que caiu no gosto do povo.

 DMJ: Seu último papel na TV foi a Delma de Malhação, que era uma super “mãezona” e super atenta com os filhos. Como mãe, o que você levou desse personagem com você?

Patrícia: Acho que levei muito pra personagem, mas sempre achei que ela era mais engraçada.  Talvez eu tenha levado o humor. Aliás o humor é sempre algo que se deve cultivar.

 DMJ: Qual papel mais lhe deixou saudade? Por que?

Patrícia: Maria Santa em “Renascer”, pela forma como se deu o trabalho de preparação do elenco. O que mais gosto em um trabalho é a preparação,  o exercício. É claro que no caso de “Renascer” vale lembrar a estética incrível, fruto de um imenso cuidado. Ao que me consta os primeiros capítulos estão no museu da imagem e do som.

 DMJ: Quais são os projetos para este ano?

Patrícia: Seguir com o musical.

 DMJ: Qual ou quem é a sua maior fonte de inspiração?

Patrícia: Cada personagem tem um universo próprio.  No caso da Vick me inspirei na Narcisa Tamboridegui.

 DMJ: Qual é a sua opinião sobre o teatro musical musical brasileiro atualmente?

Patrícia: A captação de recursos para a produção teatral, como se sabe, tem se tornado inviável. Dada a crise, o musical, que quase sempre exige um elenco numeroso com músicos  e etc, sofre ainda mais com o impacto da falta de patrocínio. Curiosamente, o que mais se vê em cartaz nos teatros hoje em dia são os musicais. O profissional que lida com arte tem se adequado a esta realidade e ao meu ver, este é um reflexo do aspecto mais positivo que traduz o artista brasileiro. A capacidade de sobreviver às adversidades com qualidade.

 DMJ:  Quais são as suas principais lembranças de Recife?

Patrícia: A época em que fazia teatro na escola. As risadas no almoço em família. Sinto falta de família, meus filhos sentem falta de ter tia,avó, primos por perto.

 DMJ: Qual é o significado de família pra você?

Patrícia: Família é ter pra onde voltar. O porto seguro. A certeza de que se é amado.

 DMJ:  Uma frase

Patrícia: “Eu quero uma casa no campo onde eu possa ficar do tamanho da paz.”

 DMJ: Um lugar

Patrícia: Um lugar onde haja paz e risos.

 DMJ: Um sonho

Patrícia: Voltar pra minha antiga casa.

 DMJ: Uma música

Patrícia: Fascinação.

 DMJ: Você se sente uma atriz realizada ou realizando?

Patrícia: Sou uma pessoa realizada, entre outras coisas, por ser mãe. Algumas mulheres não se realizam na maternidade e não acho que uma mulher só deva sentir-se completa se for mãe, cada pessoa sente de um jeito. No meu caso, a maternidade dá força e poder olhar para os meus filhos, tão incríveis, é um  verdadeiro privilégio e realização. No que se refere ao lado profissional sinto que estou, sim, “realizando”. Cada novo trabalho consiste num desafio e é sempre um novo aprendizado.

 DMJ: Patrícia França por Patrícia França

Patrícia: Uma pessoa bem intencionada sempre e que respeita muito a lei do retorno.

Galeria:

 DMJ: Patrícia, muito obrigada! Espero poder contar com a sua participação outras vezes nessa Janela que também é sua. Sucesso e beijo de luz!  

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

3 Comments

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    Dalia Leal
    10 de fevereiro de 2016 at 14:51 Reply

    A paixão de Patricia França pela arte é contagiante! Q Deus a abençõe na vida e na profissão! C certeza não perderei o espetáculo: “Ou tudo ou nada” n dá p ficar sem assistir! Lu bjo grande, vc é mto competente em suas entrevistas, boa sorte p vc!

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    Blendo Santos
    26 de fevereiro de 2016 at 16:01 Reply

    Otima matéria! Como sempre fazendo um ótimo trabalho e relembrando as boas memórias das pessoas que passam por aqui!

  3. Avatar
    Patrícia França Fã Clube
    4 de março de 2016 at 16:11 Reply

    Excelente Matéria,grande profissonal Luciana! Sua Página esta cada dia mais bela,Convido a todos a seguir pelo facebook o Patrícia França Fã Clube e também pelo instagram @patriciafranca.fc
    Agradeço a todos

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