Ela descobriu o interesse pela arte com apenas 5 aninhos de idade. Fez parte do elenco fixo do Programa “Os Trapalhões” na TV Tupi e na Rede Globo. Colocou o país inteiro pra rir com a Maria Santa, de “A Praça é Nossa”. De lá pra cá, sua carreira é marcada por personagens inesquecíveis, principalmente nos musicais. Nossa entrevistada de hoje é a talentosa e elegante atriz Sylvia Massari, que continua em cartaz no Teatro Net Rio, em Copacabana, com o espetáculo “Ou Tudo Ou Nada. Confira:
DMJ: Sylvia, Como a música entrou na sua vida?
Sylvia: Canto desde muito pequena. Minha mãe dizia que eu aprendi a cantar, antes mesmo de falar. Fui cantora mirim em Ribeirão Preto, desde 5 anos de idade.
DMJ: Quais são as maiores lembranças musicais da sua infância?
Sylvia: Um concurso de canto que ganhei com 4 anos, os programas infantis da ZYR 79 e PRA7, em Ribeirão Preto.
DMJ: Como avalia a sua trajetória?
Sylvia: Tive altos e baixos. Acredito que poderia ter tido mais foco! Mas tenho resultados maravilhosos.
DMJ: Quem são as suas maiores influências na música e na dramaturgia?
Sylvia: Na música, Barbra Streisend e Julie Andrews. Na dramaturgia, posso dizer que as mais fortes, foram as mesmas, porque sempre adorei musicais.
DMJ: Como você enxerga a maturidade na vida e na profissão?
Sylvia: Com o gosto de “Quero mais “! Ainda quero fazer muita coisa, como atriz e como mãe, esposa e dona de casa. Acho que se parasse eu morreria.
DMJ: Você está em cartaz com o espetáculo “Ou Tudo ou Nada” em Copacabana. Do que trata o texto?
Sylvia: Trata de 6 rapazes, desempregados, vivendo uma crise, que acontece em toda a cidade. Eles encontram como única solução: organizam um show de striptease, para arrecadar dinheiro para pagar suas dívidas.
DMJ: Como surgiu o convite para integrar o elenco do musical?
Sylvia: Eu cheguei de Recife, última cidade onde me apresentei com o último musical que protagonizei ao lado de Diogo Vilela, quando recebi um telefonema do Tadeu Aguiar me convidando para ” apagar um incêndio”. Rogéria, que faria o papel, estava muito cansada e não poderia continuar. Peguei o papel em 15 dias…
DMJ: A história é super atual, aborda crise econômica, depressão, os papéis do homem e da mulher na sociedade, mas sempre destacando a superação. Como você costuma enfrentar e superar as pedrinhas que aparecem no seu caminho?
Sylvia: Sou guerreira e sempre me levanto. Acho que quando alguma coisa não dá tão certo quanto você espera, ela fica como lição de vida, como crescimento para se fazer sempre melhor.
DMJ: Como foi participar durante tantos anos da Praça é nossa com a Maria Santa?
Sylvia: Foi muito gratificante, porque meu quadro era líder de audiência e era adorado por adultos e crianças. Tanto que depois criei um espetáculo infantil com a Maria Santa e outros bonecos.
DMJ: Como seu deu a construção da boneca propriamente dita e da personagem?
Sylvia: A boneca foi feita por mim, inspirada num muppet que eu usava no musical Nusense (As Noviças Rebeldes). Carlos (Alberto de Nóbrega) pediu que levasse até ele a ideia de uma personagem, para que eu pudesse fazer parte do programa. A ideia de usar a boneca politicamente incorreta, foi de Guto Graça Mello, meu marido.
DMJ: Como foi trabalhar com “Os Trapalhões” e o que guarda dessa época?
Sylvia: Eu cheguei a fazer parte do grupo e fiz o programa durante muitos anos, na Tupi e na Globo. Guardo dessa época lembranças muito positivas e um conhecimento de humor que acompanha meus trabalhos até hoje.
DMJ: Na sua carreira você coleciona musicais de sucesso. Tem algum fato engraçado que aconteceu nos bastidores de algum deles e que gostaria de dividir com a gente?
Sylvia: Em teatro sempre acontecem imprevistos, felizmente engraçados rsrs. Um dos mais marcantes pra mim, foi quando fazia “As Noviças Rebeldes”. Eu sou míope e quando apagam a luz, no final do primeiro ato, preciso sempre ser guiada por uma lanterna na coxia. Uma vez em São Paulo, o contra-regra esqueceu da lanterna e eu, às cegas, caí do palco na plateia e tentei subir agarrada a uma enorme estátua de São José, que ficava na lateral do palco e fazia parte do cenário.
DMJ: Qual é a sua opinião sobre o atual cenário cultural brasileiro?
Sylvia: Acho que a violência, a crise financeira e as dificuldades de captação, são os 3 fatores que explicam a grande dificuldade de produzir espetáculos, principalmente como o nosso. As pessoas estão com medo e só uma vontade muito grande faz com que saiam de casa. Isso afeta todos os setores.
DMJ: Acredita que o teatro musical aproxima o público da arte?
Sylvia: Ele é uma tendência que tem um crescimento bastante significativo. Teatro é arte, então a resposta é positiva.
DMJ: No palco não há edições e a apresentação tem que ser a mais precisa possível. Isso torna o teatro um desafio maior do que cinema e TV?
Sylvia: Teatro é o contato direto com o público. O que acontece numa apresentação, nunca se repete da mesma maneira. A resposta é imediata e isso faz com que, de certa forma, o desafio seja diário.
DMJ: Como foi a experiência de ser uma das protagonistas de Evita no Brasil?
Sylvia: Uma das maiores da minha vida! Uma entrega muito grande, só parecida com a de Estrela Dalva, que protagonizei anos mais tarde! Eu diria: Inesquecível !
DMJ: O que mais gosta de fazer com seu tempo livre ou entre um trabalho e outro?
Sylvia: Parece exagero, mas não consigo ter um tempo livre!Quando raramente acontece, vou ao cinema.
DMJ: Quais são os seus planos para este ano?
Sylvia: Seguir com o musical ” Ou Tudo ou Nada”, uma nova novela na Globo e conseguir fazer outros dois musicais, para os quais estou preparada.
DMJ: Uma mania
Sylvia: Bater na madeira antes de entrar em cena.
DMJ:Um lugar
Sylvia: Paris… Sem terroristas…
DMJ: Uma frase
Sylvia: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens” (Pitágoras)
DMJ: É possível escolher uma trilha sonora para a sua vida? (Pode citar mais de uma, se desejar)
Sylvia: A música de Um lugar no passado.
( eu viajo muito para outras vidas…)
DMJ: É uma música marcante…
Sylvia: Realmente, essa música marca muito e com a perda de minha mãe, ela passou a fazer ainda mais parte da minha vida.
DMJ: Sylvia Massari por Sylvia Massari
Sylvia: Sonhadora, Batalhadora, Difícil de derrubar…
Confira galeria:
DMJ: Sylvia, muito obrigada por estar aqui hoje na nossa Janela. É uma alegria enorme tê-la aqui!
Leia também entrevistas com: Tadeu Aguiar (clique AQUI), Sergio Menezes (clique AQUI) e Mouhamed Harfouch (clique AQUI)
11 Comments
Duda Freitas
1 de fevereiro de 2016 at 19:33Matéria perfeita com uma perfeita atriz!
Dirce Maria
1 de fevereiro de 2016 at 19:33Ela uma atriz com muito talento eu gosto muito dela
Paula Borges
2 de fevereiro de 2016 at 08:14Eu adorava a Maria Santa!
Silvia Orlandin
2 de fevereiro de 2016 at 08:15Parabéns Sylvia! que venha muitos sucesso você merece dessa carreira maravilhosa que você escolheu p sua vida Beijos
Marli Cagley
2 de fevereiro de 2016 at 08:16Wonderful News Prima.Continue a brilhar como sempre,sua estrela nao pode apagar ,parabens.
Joaquim Emanuel
2 de fevereiro de 2016 at 08:17Abro a janela e quem vejo? A elegante e talentosa e Sylvia Massari.
Leila Cintra
2 de fevereiro de 2016 at 08:18Linda e talentosa ! muito sucesso sempre minha amiga..
Francisco
2 de fevereiro de 2016 at 09:13Grande atriz e uma das melhores cantoras do mundo
jany mosso
2 de fevereiro de 2016 at 10:26Essa moça talentosíssima, deveria estar brilhando nos palcos de New York City!!!!!
Dalia Leal
6 de fevereiro de 2016 at 03:36Sylvia Massari, excelente, brilhante cantora e atriz, amei qndo falou ser guerreira e q sempre se levanta…gostei mto dessa entrevista, perguntas inteligentíssimas! parabéns Luciana Leal!!!♥
Acácio
8 de fevereiro de 2016 at 07:52Gosto muito do trabalho de Sílvia e muito feliz por ter ciência da sua mente renovadora.
Parabéns pela entrevista.