Nesse meu primeiro texto por aqui, quis abordar um tema que me despertou e me trouxe muito interesse nessa fase atual da minha vida. Compartilhar com vocês o que tenho estudado/ pesquisado me deixa muito feliz e entusiasmada. Alguns podem pensar diferente, e está tudo bem. Compartilho aqui, o que traz sentido para mim.
Você já parou pra pensar que trabalhando o corpo podemos transformar a mente e as nossas emoções?
A atividade física é um investimento na saúde do corpo que indiretamente favorece a saúde mental. Já dizia o antigo ditado “ mente saudável em um corpo saudável”.
O exercício feito com regularidade estimula a dopamina e a serotonina, atenuando os efeitos do stress, regulando o sono, além de várias outras funções para a nossa saúde mental. Mas os efeitos de mexer com o corpo vão muito além disso.
Pude perceber isso com mais ênfase em dois episódios da minha vida: o primeiro, antes da minha gestação, quando comecei a minha prática de yoga e pude me conectar muito mais com o meu corpo e com a presença total naquele meu momento. O segundo episódio foi o pós gestação, quando por mais de dois anos fiquei sem fazer nenhuma atividade física.
Percebi os efeitos em meu humor, flexibilidade, energia e principalmente autoestima. Todo meu interesse estava voltado para fora, para um serzinho que precisava da minha atenção e cuidados, além do trabalho. Acabei esquecendo um pouco de mim, de olhar pra dentro e ser sincera com o que eu estava precisando.
Quando finalmente coloquei como prioridade assumir o controle do meu corpo e mente, pude perceber uma mudança drástica (dentro e fora de mim). As coisas ao meu redor foram mudando e se moldando ao meu novo EU, mais segura, feliz, consciente e focada.
O trabalho corporal pode ser direcionado para transformar padrões mentais e emocionais, ampliar a autoconsciência, a flexibilidade psicológica a autoconfiança, a auto aceitação, se importando menos com o que os outros vão pensar, e gerando mais capacidade para sustentar as suas intenções na vida. Corpo, mente e emoções estão sempre relacionados.
Olha só que interessante, em uma das minhas aulas de yoga, minha professora utilizou como exemplo o corpo de uma criança. Ele é molinho e flexível, os movimentos são soltos, as crianças têm um brilho nos olhos e estão conectadas com suas sensações. Além disso, são espontâneas em suas expressões. Observar uma criança nos traz insights maravilhosos!
A vitalidade e a graciosidade são naturais do corpo humano, mas não se conservam no decorrer dos anos. Surgem pontos de tensão e rigidez no corpo, problemas de postura, limitações de movimento, lesões e por aí vai. Muito antes do processo de envelhecimento, outros são os fatores que geram isso, e muitas vezes a gente nem se dá conta. Conforme crescemos, vamos sendo forçados a refrear os nossos impulsos e reprimir emoções para nos adequar a expectativas e padrões de comportamento aceitáveis. Para sermos as crianças obediente, comportadas e educadas que nossos pais aprovam. Nós aprendemos a engolir o choro, conter manifestações de raiva ou frustração, calar gritos de alegria entre outras coisas. A educação de uma criança obviamente exige alguma espécie de controle por parte dos pais, é nesse momento que criam seus valores para a vida, por isso é uma fase que devemos agir com muita cautela, entendo, incentivando e apoiando sempre. Mostrar o certo e o errado, de forma amorosa e gentil com certeza trará benefícios na sua vida adulta.
E vamos crescendo com isso, com esses ajustes de conduta, que podem nos limitar ou nos impulsionar.
Já percebeu como fazemos para reprimir a manifestação de uma emoção ou impulso? Tenta prestar atenção no teu corpo da próxima vez que algo assim ocorrer. Contraímos os músculos, tensionamos o corpo, para sufocar o choro para não demonstrar a tristeza, mágoa, frustração, encolhemos e endurecemos o abdômen, tensionamos o maxilar e a garganta. Essa tensão muscular é mantida até que o impulso aparentemente desapareça. APARENTEMENTE. Ele não desaparece, apenas muda de direção. Ao invés desse impulso ser externalizado ele se recolhe para dentro, sendo internalizado e permanece vivo no nosso inconsciente. Ao longo do tempo, as tensões vão dificultando o fluxo de energia do nosso corpo, gerando esses bloqueios, dores etc.
Mas como restituir essa flexibilidade, vitalidade? Minhas principais ferramentas são os exercícios respiratórios e físicos, respeitando seu limite. Mas existem várias outras técnicas como acupuntura, etc.
Os exercícios de academia, normalmente são feitos de uma forma mecânica. Quando encontro um desconforto e procuro relaxar ele, estou internalizando essa atitude pra vida, para com situações desconfortáveis da vida.
Quando não forço demais o músculo, reconhecendo e respeitando os meus limites físicos eu estou treinando reconhecer e respeitar os meus limites na vida, é um trabalho corpo e mente, com atenção plena.
Adoro ir à academia, mas hoje, meus resultados físicos parecem ser ainda mais visíveis agindo dessa maneira, com essa nova visão.
Esse tipo de atenção e clareza também foi desenvolvido por meio das práticas de meditação, que me acompanham há mais de dez anos. Essa prática me conduz a um espaço de acolhimento, reflexão, autocuidado e foco, o que me permite agir de forma leve no meu dia a dia. Além disso, ela me ajuda a compreender as pessoas e ser produtiva nos meus negócios.
Espero que minhas experiências possam te ajudar de alguma forma.
Até o próximo texto! =)
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