Helga Nemeczyk

Alegre, talentosa e de bem com a vida. Assim é Helga Nemeczyk,  atriz que integrou o elenco do humorístico “Zorra Total” por 9 anos e está em Cartaz no Teatro Oi Casa Grande, ao lado das atrizes Marisa Orth e Stella Miranda, com o espetáculo “Mulheres a beira de um Ataque de Nervos”. Foi com muito carinho e um sorriso cativante, que ela nos recebeu em Botafogo para um bate-papo super descontraído. Confira:

DMJ: Helga, Você também é cantora. Como a música entrou na sua vida?

Helga: Aos 13 anos, fui estudar em um colégio interno que tinha um grande conservatório e um coral. Estudei lá por 5 anos,  fiz aulas de piano, teoria musical e fui solista desse coral.

DMJ: Sempre pensou em ser artista ou tinha outros planos?

Helga: Eu sempre quis ser artista, mas achava muito distante de mim. Quando terminei o segundo grau, fui fazer faculdade de fisioterapia para ajudar minha mãe que queria abrir uma clínica de estética. Mas como hobby, decidi fazer um curso de teatro no Tablado. Depois de um mês, disse para minha mãe que era aquilo que eu queria e abandonei a faculdade no quarto período.

DMJ: Você integrou o elenco do humorístico “Zorra Total” da Rede Globo por quase 09 anos. Como foi a experiência e quais são as melhores recordações desse trabalho?

Helga: Foram 9 anos de muito aprendizado no elenco do zorra. Aprendi muito sobre a comédia, sobre como me posicionar para as câmeras, entre outras coisas. Minhas recordações são muito boas, tive muitos personagens. Mas vou destacar a Dorinha, do quadro “Dada e Dodo”, que eu fiz com Nelson Freitas e outros integrantes queridos. Ficamos quase dois anos no ar com esse quadro e foi uma grande oportunidade que o diretor Mauricio Sherman me deu.

DMJ: Você está em cartaz no Rio de Janeiro com o espetáculo “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”. Conte-nos um pouco sobre o texto e a Candela.

Helga: O texto é baseado no filme do Almodovar com a tradução e adaptação de Miguel Falabella. Um musical que foi montado na Broadway, em Londres e agora aqui no Brasil. Minha personagem Candela é muito carismática, doce, ingênua e ao mesmo tempo muito sensual. Ela está a beira de um ataque de nervos pois se apaixonou por um terrorista que esta sendo procurado pela polícia.

DMJ: Como funciona a parceria em cena com Marisa Orth e Stella Miranda?

Helga: São duas divas maravilhosas, e muito generosas. São minhas companheiras de camarim e eu aprendo com elas a cada dia. Suas carreiras e experiências são como uma cartilha que devoro a cada dia.

DMJ: Como se sente sendo dirigida pelo Miguel Falabella?

Helga: Já é a segunda vez que trabalhamos juntos, eu o amo! Além de ser um diretor muito experiente e que sabe bem o que quer de nós, é muito divertido e engraçado. Nossos ensaios são sempre muito agradáveis.

DMJ: Como conseguiu emagrecer 15 quilos para o musical?

Helga: Uma dieta de 800 calorias diárias, a base de  verduras, legumes e proteínas magras. E uma fruta por dia.

DMJ: Seu tratamento está sendo supervisionado pelo médico Máximo Ravenna, que é considerado o “guru” de diversas famosas. Quais cuidados aprendeu com ele em relação a educação alimentar e rotina de exercícios?

Helga: Durante o tratamento de choque, que eram as 800 calorias, eu apenas podia fazer exercícios moderados de força. Aeróbicos não eram permitidos, pois estava ingerindo poucas calorias.  Mas para alcançar  a reeducação alimentar é preciso  percorrer um caminho longo.  Agora já posso ingerir 1500 calorias e fazer exercícios aeróbicos. Verduras e legumes continuam sendo a base da dieta, mas não a vontade. Proteínas magras e o mínimo de carboidrato no cafe e no almoço.  Duas frutas por dia são permitidas.

DMJ: Como você avalia a importância do teatro musical no atual cenário cultural brasileiro?

Helga: O musical é um formato que encanta pois tem dramaturgia, música e dança. Para os que gostam é um entretenimento completo e as adaptações dos musicais da Broadway tem sua importância no sentido de dar a oportunidade àqueles que não puderam ir ao exterior assistir a esses clássicos. Contudo, sinto a necessidade de explorar mais o musical Brasileiro. contar nossas historias, cantar nossas musicas e dançar a nossa dança.

DMJ: Quem são as suas referências na dramaturgia?

Helga: Gosto de Aluísio Azevedo, Raul pompeia, Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, Miguel Falabella e uma nova dramaturga chamada Renata Mizrahi. Dos estrangeiros eu gosto de Sheakspeare, Tchekhov e Pablo Neruda.

DMJ: Quais são os projetos mais imediatos?

Helga: Por enquanto tenho que cumprir com “Mulheres a beira de um Ataque de Nervos” até junho. 

DMJ: O que esta tocando na sua playlist?

Helga: D.O.A – Jay-Z

No guns allowed – Snoop Lion

I got a woman – Ray Charles

Mr. Carter – Lil Wayne

Exodus – M.I.A

What you Know – Two door cinema club

You sent me Flying – Amy winehouse

Papaoutai – Stromae

After you’ve gone – Bessie Smith

Elastic Heart – Sia

DMJ: O que é fundamental para a sua qualidade de vida?

Helga: Para a minha qualidade de vida sempre foi fundamental estar trabalhando e amando. Mas aprendi que alimentação saudável e atividade física regular também é muito importante.

DMJ: Uma frase

Helga: Tudo posso naquele que me fortalece.

DMJ: Um lugar

Helga: Paris, onde fui pedida em casamento.

DMJ: Um sonho

Helga: Eu tenho muitos sonhos, viver saudável até os 100 anos, viajar pelo mundo, casar com meu noivo e formar uma família, fazer novelas, fazer cinema, ganhar um prêmio em reconhecimento pelo meu trabalho, gravar um CD, escrever minhas memórias…ah…tantos sonhos…rs..

DMJ: Um medo

Helga: Medo de morrer

DMJ: O que a deixa a beira de um ataque de nervos?

Helga: A mentira,  a desonestidade, a falsidade e a maldade humana.

DMJ: Helga Nemeczyk por Helga Nemeczyk

Helga: Leoa de garras afiadas. artista, arteira e atormentada. Muitas em uma só. Eclética ao extremo. E temente a Deus.

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