As novas formas de relacionamentos criadas através do avanço da tecnologia são o tema de Selfie, estrelada por Mateus Solano e Miguel Thiré, em cartaz no Teatro Leblon de sexta a domingo!
Selfie – Uma palavra em inglês, um neologismo com origem no termo “Self – portrait”, que significa autorretrato. Foi a palavra mais citada na internet no ano passado. O nome ideal para um espetáculo que abrange as relações interpessoais do homem contemporâneo e sua dependência com o mundo virtual.
A peça conta a história de Claudio (Mateus Solano), uma pessoa super conectada ao mundo tecnológico digital e resolve criar um aplicativo com um sistema único de armazenamento de todos os dados de uma pessoa chamado iClaudio (uma alusão ao iCloud). Contudo, deixa cair café no equipamento que sofre uma pane e perde tudo. Ou seja, todas as informações sobre a sua vida e o seu passado.
A partir daí, começa a saga de Claudio para resgatar a sua identidade, uma vez que não lembra de nada, já que a sua memória era exclusivamente virtual. Para isso, recorre desesperado aos outros personagens do espetáculo (a mãe, a namorada, uma criança, um idoso, uma jornalista, um técnico que trabalha com ele, o melhor amigo… São onze no total e todos interpretados por Miguel Thiré) para que possa ir reconstruindo a sua história.
“É uma delícia transitar por tantos personagens em um mesmo espetáculo. É um trabalho muito cuidadoso, muito minuncioso, que demora muito até se afinar. O mais importante é conseguir que os personagens sejam diferentes , mas que todos eles estejam ali pra contar a história do Claudio. Cada personagem é uma chave dentro da história” (Miguel)
“ A peça é muito mais uma reflexão do que uma crítica. Mas a agente fala com muito humor dessa relação esquisofrênica com o celular e da necessidade de conexão com o mundo virtual” ( Mateus)
Aos poucos, Claudio passa a refletir sobre o exagero na dependência da sua relação com a tecnologia.
“A gente se relaciona com os outros através do celular, nossa memória foi substituída pela memória do celular, nossos afetos passam por ele. E se hoje você não é alguém no virtual, parece que não é ninguém no real. A gente não está muito longe do que acontece na peça, por mais engraçadas que sejam as cenas” (Mateus)
“A peça fala dos cuidados que a gente tem que ter, mas também fala das inúmeras vantagens que a tecnologia nos oferece” (Miguel)
A montagem promove uma série de reflexões acerca dos valores morais e sociais contidos nos meios de comunicação, além das relações distorcidas e a super exposição cibernética. Os diálogos são dinâmicos e utilizam vocabulário do cotidiano. As gargalhadas surgem e o telespectador não precisa de tempo para entender a piada. As situações são criadas envolvendo Claudio e os outros personagens. E todos eles dizem muito sobre a história. Não se trata da graça pela graça.
“A gente não tem um cenário, é apenas uma plataforma onde tudo acontece. Através de corpo, de voz, a gente compõe o cenário, todas as variações de personagens e muitas vezes, a trilha sonora e os efeitos um do outro” – esclarece Miguel
Venha dar boas gargalhadas com Miguel Thiré e Mateus Solano dirigidos por Marcos Caruso em um texto de Daniela Ocampo. Impossível não se identificar com a montagem. Em cartaz de sexta a domingo no Teatro Leblon.
Aguarde em breve as entrevistas com Mateus Solano e Miguel Thiré.
Confira galeria de fotos:
AGRADECIMENTOS:
Aos amigos Stella Stephany e João Pontes
SERVIÇO:
Luciana Leal veste look Bruna Araújo e acessórios Empório Valentinni
Teatro Leblon (sala Fernanda Montenegro): Rua Conde Berdotte n 26 – Leblon
Sexta e sábado às 21:00
Domingo às 20:00
FICHA TÉCNICA – SELFIE
Direção: Marcos Caruso
Elenco: Mateus Solano e Miguel Thiré
Roteiros: DanielaOcampo
Desenho de Luz: Felipe Lourenço
Figurinos: Sol Azulay
Assessoria de imprensa: Js Pontes Comunicação
Direção de Produção: Carlos Grun – Bem Legal Produções
Realização: Carlos Grun, Mateus Solano e Miguel Thiré
Produção Local: WB Produções
1 Comment
Dalia Leal
16 de junho de 2015 at 15:05Estou aqui ansiosa aguardando essa entrevista c Mateus Solano e Miguel Thiré, e não vejo a hora de assistir esse espetáculo!
Considero brilhante a ideia de abordar esse tema tão atual e que nos reporta a uma excelente reflexão!