Sua relação com a música começou bem cedinho. Participou do The Voice Brasil e hoje brilha no musical “O Despertar da Primavera”. Conversamos com Tabatha Almeida sobre seus planos e carreira.
NJ: Tabatha, quando a arte entrou em sua vida?
Tabatha: A arte está na minha vida desde sempre. Meu pai é músico e desde muito pequena tive contato com música e instrumentos musicais. Cantava em casa com ele quase todo dia e assistia vários shows.
NJ: Como foi a experiência de participar do The Voice Kids e quais foram as maiores lições aprendidas no Programa?
Tabatha: Foi uma experiência incrível! a convivência com as crianças era a melhor parte, a gente se divertia muito. Eu diria que aprendi a acreditar em mim mesma até quando as coisas não saem como planejado. Um “não” agora pode significar um “sim” mais tarde.
NJ: Quais são as melhores lembranças que guarda dessa época? Fez muitos amigos no programa?
Tabatha: Lembro muito de estar no hotel e de me juntar com todas as crianças pra cantar no lobby ou do lado de fora. A gente não parava de cantar, era a parte mais divertida. Acredito que todos nós fizemos amizades que levaremos para sempre.
NJ: Você também compõe. De onde busca inspiração para as suas canções?
Tabatha: Geralmente busco inspiração no meu dia a dia e em situações que aconteceram comigo. Também gosto de imaginar situações fictícias e escrever sobre elas, mas escrever sobre experiências próprias é muito mais fácil! Gravei um Ep no final de 2018 e estou muito ansiosa pra lançar minhas músicas esse ano.
NJ: Você está no elenco de “O Despertar da Primavera”. Conte-nos um pouco sobre o espetáculo.
Tabatha É um espetáculo que, apesar de ser baseado numa peça escrita em 1891, engloba temas extremamente atuais. Falamos sobre o descobrimento da sexualidade e os perigos de não sermos bem informados sobre o assunto. Contamos tudo através de um texto suuupeeer bem escrito e músicas punk/pop que expressam muito bem os sentimentos dos adolescentes da época.
NJ: Como foi o seu processo de preparação para o musical?
Tabatha: Tivemos muitos ensaios e estudamos MUITO! Tivemos workshops e várias aulas sobre os costumes da época, sobre o autor da peça e sua vida. Antes de entrar no musical eu tinha feito um curso de 3 meses com os produtores do musical, no qual nós estudamos de um jeito mais aprofundado do texto e isso me ajudou muito.
NJ: Você costuma observar e absorver dicas dos seus colegas de elenco?
Tabatha: Com certeza. Principalmente com um elenco diverso como o nosso. Temos pessoas que acabaram de começar e outras que já estão no meio há muito tempo. Eu aprendi muito com a Bel, toda sessão ela me ensinava alguma coisa. Aprendi muito também com o processo de criação do Augusto Zachi, era incrível ver como ele tinha uma maneira diferente de retratar cada personagem que ele fazia! E todo mundo em geral me dava dicas incríveis, principalmente o Léo, a Carol e o João.
NJ: Com quais artistas sonha cantar e com quais sonha atuar?
Tabatha: Cantar com a Eva Noblezada, Cynthia Erivo , Renee Rapp ou Shoshana Bean. Elas são minhas maiores inspirações na música hoje em dia. Se eu pudesse atuar com qualquer pessoa eu definitivamente escolheria o Timothee Chalamet. Mas também sou muito fã da Florence Pugh, Sidney Sweeney e Soirse Ronan.
NJ: Como você avalia o crescimento dos musicais brasileiros apesar das adversidades que a cultura vem enfrentando?
Tabatha: Fico extremamente feliz com o crescimento no mercado dos musicais e com a quantidade de peças sendo montadas. Mesmo com tantas adversidades espero que esse ramo só cresça e continue com a produção de peças tão incríveis!!
NJ: Há um provérbio árabe que diz que “adversidades são grandes oportunidades”. Como costuma lidar com os obstáculos que aparecem no seu caminho?
Tabatha: Geralmente tento usar tudo que acontece na minha vida à meu favor. Por pior que seja a situação tento contornar e achar uma brecha de inspiração. É importante guardar lições e crescer cada vez mais com esses obstáculos.
NJ: Como avalia a crise política na qual o Brasil mergulhou? Tem esperanças de um país melhor?
Tabatha: O Brasil mergulhou em uma grave crise política, que dividiu a população. Temos um presidente que ameaça a classe artística e limita a liberdade de expressão. É muito sério o momento que estamos vivendo e os artistas tem que reagir, sim! Espero que mesmo com as adversidades tudo se normalize e possamos seguir juntos… mas com esse quadro atual, tudo que podemos fazer é continuar lutando e resistindo.
NJ: Se tivesse que fazer uma projeção do futuro, como gostaria de se ver daqui a 15 anos?
Tabatha: Fazendo o que eu amo e sendo reconhecida por isso.
NJ: Como você lida com as críticas?
Tabatha: Costumo lidar bem, gosto de receber críticas construtivas que podem me ajudar a melhorar. As maldosas eu só tento ignorar (risos).
NJ: Quais cuidados costuma ter com a saúde e a beleza?
Tabatha: Eu não tinha costume de cuidar da pele e do corpo. Mudei minha rotina e sempre deixo um espaço pra isso! aprendi a olhar pro meu corpo e entender que ele é meu instrumento de trabalho e que precisa de cuidados sempre.
NJ: O que a deixa verdadeiramente emocionada?
Tabatha: Muita coisa(risos). Me emociono com filmes, livros, peças… tudo que é genuíno e que vem do coração me emociona muito.
NJ: Você nasceu em Fortaleza, mas viveu grande parte da vida em Recife. Quando pensa nessas duas cidades, do que mais sente saudade?
Tabatha: Minha família! é tão difícil ficar longe deles…
NJ: Quais são os seus planos profissionais para esse ano de 2020?
Tabatha: Vamos para São Paulo com “O Despertar da Primavera” e pretendo continuar aprendendo muito e agarrando o máximo de oportunidades possíveis.
NJ: Uma frase
Tabatha: “Mulheres têm mentes e têm almas, assim como corações. Elas têm ambição e talento, além de beleza. Estou tão cansada de pessoas dizendo que o amor é tudo o que uma mulher precisa. Estou tão cansada disso! “ Jo March, Adoráveis Mulheres”.
NJ: Um sonho
Tabatha: Fazer uma peça na Broadway :))
NJ: Um lugar
Tabatha: Nova York
NJ: Um livro
Tabatha: Me Chame Pelo Seu Nome , de Andre Aciman
NJ: Uma música que a faz sorrir:
Tabatha: Emoji of a Wave, John Mayer
NJ: Tabatha Almeida por Tabatha Almeida
Tabatha: Haaaaaa, que difícil (risos). Acho que sou bem dedicada e completamente apaixonada pelo que faço!
NJ: Obrigada, minha flor. Alegria ter você aui.
Tabatha: Obrigada! adorei!
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