Laura Proença

Laura Proença

Foto: Renata Xavier

Nascida numa família de músicos, Laura Proença teve como maior referência artística, o pai Miguel Proença, conceituado pianista, que a incentivou na decisão de se tornar atriz. Atualmente,  aguarda o lançamento de duas produções no cinema que ainda estão sem data prevista de estreia por conta da pandemia: “Resistir para Recomeçar” e “Nada é por Acaso”, esse último, baseado no  livro homônimo de Zíbia Gasparetto.

NJ: Laura, conte-nos um pouco sobre o CD que está produzindo com seu pai, o pianista Miguel Proença.

Laura: É uma alegria, pois já trabalhamos anteriormente no espetáculo “Natal em Concerto” quando substituí Nathália Timberg, eram apresentações de música e poesia. A expectativa é a melhor, as músicas são MPB, com arranjos maravilhosos. Estamos à vontade nessa produção, que era um sonho antigo e está se realizando. É muita cumplicidade e amor.

NJ: Certamente a música sempre esteve presente em sua casa. Qual é a memória musical mais forte da sua infância?

Laura: Desde criança minha casa tinha muitas festas, saraus, artistas, pois meus pais são pianistas. Minha madrinha é a cantora lírica Maria Lúcia Godoy, então, a música faz parte da minha vida. Minha memória musical é a ópera La Traviatta, que eu cantava e representava com o meu irmão nas festas em casa.

NJ: Quais são as lembranças que guarda da Dora de “Senhora do Destino”, sua primeira experiência na TV? 

Laura: Foi maravilhoso fazer a Dora em uma novela de sucesso como “Senhora do Destino” e que teve um elenco incrível. Lembro que ficava muito tranquila, apesar de ser minha primeira experiência na TV, mas tive que fazer umas “aulinhas” para lidar com bebê e segurar no colo. Amei fazer a Dora!

NJ: Como foi pra você atuar no longa “Nada é por Acaso”, baseado na obra de Zíbia Gasparetto e como é a sua relação com o espiritismo?

Laura: Tenho lido sobre o espiritismo e tive algumas experiências que me fizeram acreditar mais. Como a maioria do nosso povo, tenho um sincretismo religioso, como por exemplo, entrego doces no São Cosme e São Damião, mas não frequento igrejas ou centros.

NJ: O que mais a empolga no processo de construção de uma personagem?

Laura: Gosto de personagens desafiantes, que me possibilitem exercitar diversos aspectos, desde a questão física à construção da personalidade, que tenha nuances podendo misturar alguns elementos com humor e até características incomuns. 

NJ: Como avalia o papel social e político da arte?

Laura: A arte é reflexo de uma época, cultura, expressão de um povo. Política tem a ver com a organização, pensamento, nesse sentido o papel social e político da arte é importantíssimo – fala das nossas vontades, a arte informa, educa, sensibiliza, é transformadora.

NJ:  Você costuma seguir movimentos feministas que cada vez mais ganham força nas ruas e nas redes?

Laura: Estou com um projeto para falar de mulheres revolucionárias de diferentes períodos, brasileiras e estrangeiras. Não sou ligada a um movimento específico, porém, sempre me informo do que acontece, sou atenta e solidária: isso é sororidade, exerço todos os dias  e ensino aos meus filhos sobre a importância do feminismo.

NJ: O que é a fé pra você? 

Laura: Sou católica, geralmente vou à igreja no dia de São Judas Tadeu, mas não frequento um lugar específico. Nas festas de final de ano, jogo flores para Iemanjá. Sempre rezo antes de dormir, tenho fé em um ser superior, acredito nas boas energias e se doarmos amor, amenizamos as dores e colhemos o bem.

NJ:  Uma frase

Laura: “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar” (Clarice Lispector)

NJ: Um sonho 

Laura: Que meus filhos sejam muito felizes e cheios de saúde.

NJ: Um lugar

Laura: Positano – Itália.

NJ: Um livro 

Laura:  Dom Casmurro (Machado de Assis).

NJ: Uma série

Laura: A primeira série que assisti foi “Roma” e gostei muito.

NJ: Uma meta

Laura: Continuar fazendo o que amo: muitos filmes e peças.

NJ: Uma música que a faz sorrir: “You’re the First, The Last, My Everything “( Barry White).

NJ: O que a deixa verdadeiramente emocionada?

Laura:  Não quero ser muito sentimental, mas o amor me emociona.

NJ: Quais são os seus novos projetos na arte, além do novo álbum?

Laura: Tenho ainda o lançamento de dois filmes – Nada é Por Acaso e Resistir para Recomeçar , que por  causa da pandemia foram adiados. No mais, muito estudo, aulas de canto e estou investindo em streaming. 

NJ: Laura Proença por Laura Proença

Laura: Uma pessoa sensível, alegre, que se preocupa com os outros, que adora ser mãe, ama a família, os amigos e quer ver todos felizes. Acredito no amor e no humor.

NJ: Antes de concluir, há algum assunto que queira abordar?  Alguma mensagem que gostaria de deixar?

Laura: Praticar a empatia nos ajuda a tornar o mundo mais compreensivo. Beijos!

NJ: Laura, muito obrigada por participar da Nossa Janela. Muita saúde e sucesso sempre. Beijos

 Galeria:

Lu Leal

Formada em Comunicação Social, atuou na produção do Programa “A Bahia Que a Gente Gosta”, da Record Bahia, foi apresentadora da TV Salvador e hoje mergulha de cabeça no universo da cultura nordestina como produtora de Del Feliz, artista que leva as riquezas e diversidade do Nordeste para o mundo e de Jairo Barboza, voz influente na preservação e evolução da rica herança musical do Brasil. Baiana, intensa, inquieta e sensível, Lu adora aqueles finais clichês que nos fazem sorrir. Valoriza mais o “ser” do que o “ter”. Deixa qualquer programa para ver o pôr do sol ou apreciar a lua. Não consegue viver sem cachorro e chocolate. Ama música e define a sua vida como uma constante trilha sonora. Ávida por novos desafios, está sempre pronta para mudar. Essa é Lu Leal, uma escorpiana que adora viagens, livros e teatro. Paixões essas, que rendem excelentes pautas. Siga @lulealnews

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